Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010

Tênis em economês

Hoje vou tratar de um assunto polêmico, intitulado pela Revista Runner's World Brasil de A guerra dos tênis , mas pretendo dar outro contexto para o tema. Ressalto que se trata de uma hipótese para exercitar um pouco do que estudei sobre economia na faculdade. Analisando de forma superficial o problema, podemos dizer que enfrentamos o seguinte dilema: agradar aos consumidores, ou manter empregos. Esta confusão se deve a forma como a China cresceu e sua capacidade de produção, que tem derrubando os mercados mundo a fora, inclusive o de fabricação de tênis de alto desempenho. O custo de produção na China é tão baixo que as fábricas de tênis de alto desempenho (para nós, tratam-se dos calçados que custam acima de 400 reais) que existiam em diversos países foram fechadas e praticamente toda a produção centralizada na China. Entre os inúmeros motivos para o tênis chinês ser o mais lucrativo para os fabricantes podemos dizer que a hora/trabalho, se não for a menor, é uma das menores

Quando precisamos usar o gelo

Para quem dedica apenas 3 dias da semana a corrida, perder um treino é um sacrilégio. Mas depois de uma semana de trabalho com jornadas de 10 a 12 horas, conseguir treinar só foi possível com muita perseverança. O treino de terça-feira foi realizado na quarta-feira de noite, ali pelas 11 da noite. O treino de quinta-feira acabou ficando para manhã de sábado e até que foi uma boa, pois correr na orla de São Francisco sempre é muito agradável. Apesar do esforço para manter a rotina, o treino começou difícil. O corpo cansado da semana de trabalho reclamava o esforço durante o aquecimento. O corpo mandava sinais de que iria me deixar na mão, pois uma incomoda dor na coxa direita apareceu logo após o aquecimento. Devo ter feito algum movimento errado. O objetivo do treino era identificar um ritmo para a prova que se aproxima. Três corridas de 2,5K, uma leva, outra moderada e a última forte. O primeiro tiro se confundiu com o aquecimento, pois de trote para corrida leve só fazia dife

Li e gostei - Parte II

A edição 23 (setembro) da Revista Runner's World Brasil, como um bom maratonista, tem mantido o ritmo de reportagens interessantes. A primeira que me chamou a atenção foi a Ensaie a prova , uma ótima maneira de melhorar seu recorde pessoal nas provas oficiais. Na contra capa desta matéria uma foto de uma senhora de 47 anos nos mostra o que um ser humano é capaz. A matéria Preparar. Apontar. Fogo! Impressiona pelo resultado que o batalhão alcançou, ainda mais por saber em que estado se encontrava. Sinceramente este comportamento deveria ser padrão para quem depende do corpo para salvar vidas e incursões de risco. Tempo a favor fala sobre treinar com prudência para evitar lesões. Um teto para viver fala do VO2max. O teste de esforço ganhou uma nova conotação agora que conheci o significado do VO2max, pois ele que indica nosso limite. Gás total fala sobre a reposição de energia para corridas com tempo superior a 40' ou 50', quando nossas reservas foram praticamente exaurid

Li e gostei - Parte I

A edição 89 (setembro) da Revista O2 foi uma grata surpresa do seu início ao fim. Os textos do Marcos Caetano só reforçam a admiração ao trabalho que ele conduz na ESPN Brasil. O texto corredores competitivos é uma verdadeira obra de arte. Para perder peso é perciso mudar reforça minha crença de que transformamos mente e corpo com a prática da corrida. É um processo contínuo de reeducação não apenas no que se refere a alimentação, mas aos cuidados com o corpo, sono e mente. Iniciantes, cautela! prova que sempre é possível falar algo novo. Apesar de a dica ter sido escrita para os corredores de rua que estão começando, não custa lembrar os cuidados que devemos ter quando invadimos o espaço destinado aos veículos automotores. Correndo soltinho, soltinho... é a primeira matéria (que eu me lembro) a incentivar os treinos educativos. Me fez lembrar os tempos de piscina e dos looooongos educativos. Não posso reclamar, pois com eles foi possível alcançar tempos antes improváveis. Aliado das

Mens sana in corpore sano

Outro dia eu mencionei em um post o quanto correr me ajudou a reduzir o estresse acumulado no dia-a-dia e a citação mens sana in corpore sano começou a ecoar na minha cabeça. Resolvi pesquisar sobre ela e descobrir fatos interessantes. Decimus Iunius Iuvenalis, por assim dizer, era um cronista do século I e mens sana in corpore sano é apenas uma de suas celebres frases que foram perpetuadas. Na citação original ele dizia que: “(...) ao invés de riqueza, poder, ou crianças, os homens devem orar por uma "mente sã num corpo sadio”. Como nesta vida nada acontece por acaso, eu me descobri resgatando este ancestral ensinamento na minha busca por mais equilíbrio nos pensamentos e uma vida mais saudável. Interessante é ver a divina proporção de Da Vinci associada a esta frase milenar para expressar a perfeição do corpo humano. Perfeita, se nós permitirmos, claro. Por esse motivo, eu resolvi resgatar o fato e destrinchar algumas as habilidades que foram desenvolvidas nestes 500 km percor

500 km depois...

500 km depois e eu continuo com muita coisa para contar. O post de hoje vai ser quase uma maratona com 4 histórias diferentes. Neste domingo tive a satisfação de correr um longão com meu compadre Gláucio, que já possui duas meia-maratonas no currículo. Saímos da Concha Acústica no centro para descompromissados 10K, passando por Boa Viagem e pelo MAC, mas estávamos bem e seguimos pela Estrada Fróes até o mirante de São Francisco antes de dar meia volta e retornar para a Praia de Icaraí. Foram 11K até a deliciosa água de coco e depois outros cinco para o ponto inicial do treino. Total, 16K. Recorde pessoal de distância e de forma natural, pois mantivemos 6’31” por Km durante as quase duas horas de treino. Meu compadre tentou me convencer a participar de uma meia maratona. Diz que já tenho fôlego para terminar uma, mas estou reticente. Sou apenas um neófito neste mundo de passadas sem fim. Não satisfeito com minha resposta pouco convincente, assim que chegou em casa me mandou uma repo

Somos o que comemos

Somos o que comemos . Não lembro quando, ou onde ouvi esta frase, mas ela se aplica bem ao post de hoje. Mas a idéia não é falar dos malefícios da comida para a saúde, mas do impacto de uma alimentação saudável no seu desempenho como corredor. Se você achava que estaria livre para comer qualquer coisa desregradamente (como eu), você deveria continuar esta leitura. O assunto veio a tona quando minha amiga Marta enviou um artigo sobre a alimentação de atletas para mim e coincidentemente eu havia acabado de ler uma matéria sobre o mesmo assunto no site da O2. A matéria da Marta falava sobre fadiga e a minha, mais incisiva, utilizara a palavra cãibra. Nas duas matérias entendeu-se que a propensão a lesões aumentava com má alimentação, mas eu não estava satisfeito. Ainda faltava a cereja do bolo para este post ficar legal e esta apareceu. A discussão sobre o Gatorade no BlogCorreria me fez refletir sobre o Malto Dextrin . Ele é rico em carboidratos e sódio (acho que o termo sais minerai

Faltam 6 semanas

Faltando 6 semanas para Adidas Primavera 2010, resolvi ajustar minha semana trilegal . Relembrando, trilegal refere-se a um treino de força, outro de velocidade e um último de resistência. Na terça um treino com ladeiras com corrida moderada, na quinta um treino de velocidade com corrida forte e no domingo o velho longão em ritmo moderado (com direito a uma aceleradinha). Nada como o silêncio da manhã. Quinta veloz. A real novidade está no treino da quinta-feira, que passou a ser feito baseado em distância. Com auxílio do Google Maps consegui montar um circuito de 1500m nas ruas do bairro em que moro para os treinos matutinos de velocidade. O detalhe é que a primeira metade do circuito é levemente inclinada, tornando o CF ainda mais desafiador. Na volta eu ganhei de presente uma pequena ladeira para respirar e acelerar. Debutei com o seguinte treino: 10' de TR + 4x 1500m em CF + 5' CA . Tempo das voltas: 8'02" 8'08" 8'08" 8'12"

Que a força esteja com você

A última semana foi bastante complicada. Saindo tarde do trabalho, plantão, duas noites praticamente acordado recuperando sistemas, poucas horas de sono, gripe em família e um desgaste mental que há tempos eu não sentia. Uma das coisas que mais me impressionam no ato de correr são as habilidades mentais que trabalhamos antes e durante os treinos. A palavra que gostaria de abordar hoje é a resiliência. Veja o conceito fornecido na Wikipedia: “se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura.” “é utilizado no mundo dos negócios para caracterizar pessoas que têm a capacidade de retornar ao seu equilibrio emocional após sofrer grandes pressões ou estresse, ou seja, são dotadas de habilidades que lhes permitem lidar com problemas sob pressão ou estresse mantendo o equilibrio.” Manter uma atividade regular neste mundo moderno é um desafio em si para maioria da população, que frequentemente sa