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1200 Km depois...

1200 Km depois continuo com um sólido ritmo de treino, buscando condicionamento e velocidade para minha primeira Meia Maratona e continuar baixando meu tempo nos 10 Km, minha prova preferida. 1200 Km depois preciso registrar que um novo tênis foi colocado para treinos, o Adidas Cushion. Não que o Adidas Sequence tenha sucumbido ao tempo, mas por que preferi conservá-lo para as provas de 10 Km, por ser mais leve que o Cushion.
1200 Km descobri que já cruzei quase a metade do estado da Bahia. Não lembro de muita coisa, além de planícies e um cenário semi-árido da estrada. A memória me falha neste momento e posso estar enganado. Certeza apenas de que o primeiro conjunto de baterias dos Game & Watches começava a ratear depois de tanto tempo jogando. É, as antigas baterias duravam muito mesmo.

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Fecho esta introdução informando que apresentarei a versão da Corrida da Ponte e a conclusão do clipping da revista Runners de abril.


A Meia mais difícil do Brasil
Meu amigo Sérgio do blog Corredor Feliz acabou me inspirando a escrever um pouco mais sobre a Corrida da Ponte. Me faltava um título para tentar contar a história do meu compadre Gláucio, minha vizinha e alguns outros heróis que resolveram enfrentar o "túnel de calor". Antes de mais nada recomendo a leitura dos escritos deste meu amigo, pois sua dedicação a corrida e ao blog são surpreendentes.
Então vamos a história do meu compadre Gláucio e dos demais heróis envolvidos.
A largada. A organização tratou de cercar o percurso até a subida da ponte para controlar os participantes. Como bem mencionado pelo meu compadre “se houveram pipocas nesta corrida, merecem meus parabéns”.
A ponte. “Ao contrário do que se imaginava, não subimos a Ponte pela pista de ida para o Rio. Utilizamos uma pista de apoio do lado interno (do lado do posto de compra do Via Fácil), passamos por baixo da pista principal e seguimos rumo ao Rio após a junção na pista de manutenção alguns metros a frente da Polícia Rodoviária”.
O vão central. “O visual e o fato de estar correndo na Ponte empolgam. Até a Ilha de Mocanguê eu não conseguia parar de rir, mas a subida do vão central começava no Km 5. O calor insuportável começou a agir e o sorriso deixou de ser fácil. A descida deu uma aliviada, mas zero de vento. Só o sol aparecia e se fazia bastante presente.  Eu só sorria quando alguém conhecido me alcançava, ou quando eu alcançava alguém conhecido. Para complicar um pouco mais nos postos de hidratação dos Km 12 e 15 não havia água, apenas isotônico e gel respectivamente. Aquela altura a água não era mais para sede, mas para resfriar o corpo. Se água, muita gente começou a andar e sentar no meio fio para se refazer do forte calor.
Assim foi pela grande reta e gasômetro, mas a coisa ficou ruim mesmo foi na Perimetral. Ela tem subidas e descidas, que de carro não percebemos. Além do piso castigado e a parede de prédios ao redor aumentando o calor, já eram mais de nove e meia da manhã com sol forte e 17 km de "curtição". Quem diminuiu o ritmo (eu por exemplo) chegou ao final, mas quem pensou que ia dar para acelerar e sair rápido da chaleira caiu”.
Perimetral. “Perimetral parecia filme de guerra. Nunca vi tanta gente caindo em uma corrida. As ambulâncias trabalharam bastante e tinha hora que o batedor de moto passava abrindo espaço para três ambulâncias com sirenes ligadas. Soube no trabalho que gente que desceu na altura da Gamboa e pegou táxi para casa. Não critico quem parou, pois a sensação era de estar carregando um urso nas costas e não era pandinha, não.
Sempre que vejo a placa do Km 19 ou 20 dou um gás, mas desta vez não teve como. Na placa de 21 km, onde muita gente parou de correr e foi andar, eu optei por manter a cadência e não pensar. Pensar nestas horas só atrapalha”.
A chegada. “Na chegada, tinha ducha e massagem, ambas com fila, mas eu não tinha mais pressa e curtia a sensação de missão cumprida. Fiz em 02:23:22, mas valorizo o fato de ter chegado. Foram oito mil inscritos e cinco mil e quinhentos chegaram ao fim. Não sei quantos largaram, mas de qualquer forma dois mil e quinhentos pagaram uns 160 reais para não fechar a prova, o que dá a dimensão do desafio”.
Curiosidades. “No trabalho não tinha outro assunto. Os que correram contaram suas experiências e viram coisa ainda pior do que as mencionadas aqui por mim”.


Runners de abril. Em meio a tantos eventos e novidades no último mês quase não sobrou espaço para o clipping da edição 30. As colunas OXIGÊNIO, NO PIQUE, SEM PRESSA e LEIS DO ASFALTO são garantia de boa leitura, mas dou destaque para a coluna do Antonio Prata. De forma muito divertida ele fala de como um cachorro interferiu em seu ritmo de treino. A matéria FOGO INIMIGO colocou em números o prejuízo que o calor trás para nosso desempenho e os perigosos efeitos que este pode nos provocar se desrespeitarmos nossos limites. Por mais que treinemos em horário de calor para nos adaptarmos ao cenário da prova, inevitavelmente teremos uma piora em nosso resultado.
A matéria GORDINHO E SAUDÁVEL? coloca em cheque o sobrepeso. O assunto é tratado com tantos detalhes que não me cabe expressar opinião, mas recomendar a leitura, seja você gordinho, magrinho ou, principalmente, sedentário.
CHAMA ACESA tem dicas de todos os tipos para você que está começando, que já começou, que busca novos desafios, ou retorna de contusão. Me achei em vários trechos da matéria. Ser capaz de criar esta energia chamada motivação de dentro para fora é criar um paradigma que influenciará positivamente todas as outras áreas de sua vida.
NÃO SAIA DO RITMO fala sobre estratégias para o dia da corrida. Explica detalhadamente o split positivo, o split negativo e o ritmo constante. Trás a opinião de profissional e especialistas deste nossa tribo chamada de corredores. Em complemento descreve sobre a influência da mente, manter o ritmo e o aquecimento. Valorizei muito as observações sobre esta tríade, pois são meu alicerce desde minha segunda corrida, a Adidas Inverno/10. Atenção especial ao aquecimento, pois ele lhe coloca em prontidão para a largada e reduz a ansiedade. Independente do tamanho da prova. O que pode oscilar é o tipo de aquecimento que podemos realizar.
Para fechar o clipping tenho que mencionar a reportagem de três páginas sobre a Golden Four Asics Rio de Janeiro. A promessa sobre os serviços de bastidores e que antecedem a prova impressionam e trazem expectativa. Buffet de massas para os participantes, palestras com treinadores, fisiologistas, ortopedistas e nutricionistas, além de uma mesa redonda com atletas. Uma loja ASICS e de parceiros especializados, massagem com eletrodos e avaliações de biomecânica e hidratação fazem parte do pacote do dia da retirada do kit. Mas detalhes podem ser apreciados em golden4asics.com.br. Me remeteu a retirada de kit da Maratona do Rio em julho passado, mas foi além. Estou muito curioso para ver como este evento vai ficar.

Comentários

  1. Poxa, Andre, muito gentil de sua parte a citação. Muito obrigado, me sinto lisonjeado! Gostei da sua ideia de ir marcando no mapa a evolução da sua distância de treino. Muito legal! Vamos nos encontrar na Meia da Caixa?
    abraço,
    Sergio
    corredorfeliz.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Oi, Sérgio.
    Elogiar é um hábito tão relevante quanto nossos treinos. Elogiar é quebrar este ciclo apocalípco que a mídia promove diariamente. Elogiar é uma forma muito simples de criar um ciclo virtuoso e atrair boas energias e hábitos para nossas vidas. É evitar mais do mesmo, digo, do tradicional falar mal. Não estranhe, talvez seja a endorfina :-)
    Marcar no mapa minha distância total foi uma forma de controlar o desgaste dos tênis e não contar apenas com meu feeling. Eu fui apaixonado pelo meu kayano e estava perdendo a noção do desgaste dele. Por sorte, aproveitei uma promoção e comprei o Adidas Sequence e percebi a diferença entre o batido kayano e o sequence cheirando a novo. Eu poderei ter me lesionado nesta ilusão.
    Com relação as Meias, meu compadre tenta me convencer a correr a Meia que tem dentro da Maratona do Rio de julho e a Meia Internacional de agosto. Não sei se tenho preparo para três meias em três meses e nem sei se é salutar fazê-lo em alto nível. Vamos ver... mas na Golden Four eu estarei com certeza!!!
    Abraço e boas passadas!

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