Mudança de pisada, mudança de planilha e agora mudança de data da Asics Golden Four. Definitivamente a palavra mudança foi incorporada ao meu cotidiano nos últimos tempos. Nada contra. Ela apenas mostra que para se viver precisamos nos adaptar para alcançar o que mais desejamos. Mas mudança mesmo que eu ainda preciso fazer é regular meu sono. Entre trabalho, família, estudos e correr eu preciso arrumar mais que parcas cinco horas de sono, senão daqui a pouco estou com alguma dorzinha incômoda. Sábio é aquele que não repete o erro e eu não quero me lesionar novamente. Venho me perguntando se diminuo o ritmo dos treinos até equilibrar o sono? Aí vem aquela coisa do competidor... não contra alguém, mas contra si mesmo. Eu como qualquer outro desejo neste momento encontrar uma solução para não ver perdido o esforço de meses de treinamento, que deveriam culminar com a prova alvo. Coisa de doido? Talvez sim. Este limiar entre sensatez e desejo só quem já sentiu na pele sabe o que estou dizendo.
PAPA-LÉGUAS
Os treinos das últimas semanas surtiram efeito e eu estou mais rápido do que há um mês. Não sei se suficiente para um recorde pessoal, mas depois de tanta adversidade já me dou por satisfeito por estar correndo novamente na plenitude de minhas capacidades. As pernas ainda estavam doloridas do longão do último sábado quando a segunda-feira amanheceu. Eu precisava descansar mais algumas horas para que pudesse realizar um treino de tiros com qualidade, assim decidi continuar na cama e descansar. Me planejei para realizá-lo na volta do trabalho, mas cansado preferi dormir cedo e treinar na manhã de terça. Definitivamente a palavra do momento é mudança.
A notícia de que a Golden Four fora transferida para o dia 29 de julho inicialmente me frustrara, mas percebi que era um tempo extra para melhorar ainda mais a forma e melhor um pouco mais o pace para a prova. Com este ânimo fui para o segundo treino da semana, para variar um intervalado. Desta vez foram 10 séries de 5' CF + 2' CA, que renderam bons 13 quilômetros. Comecei a rir quando percebi que o trajeto pela orla não seria o suficiente para cumprir o treino e comecei a me embrenhar pelas ruas residenciais do bairro de São Francisco. O compadre Glaucio estava certo, pois é um ótimo local para treinar. O silêncio do sono dos inocentes trás mais concentração, habilidade necessária para manter a técnica durante este treino tão intenso. Depois de costurar uns 2 a 3 quilômetros por ali, foi voltar para a orla e seguir para casa.
DE NOVO A TAL DA ATITUDE
Como engoli a Revista Runners (do mês passado) mais rápido do que de costume, pude me dedicar a leitura dos blogs. Acho os blogs uma forma muito singular de aprender mais sobre corrida, pois se trata da experiência de alguém in natura. Sem cortes, sem ciência. Uma questão que me chamou muita atenção esta semana foi o coincidente foco na atitude, registrado por várias pessoas. Atitude... acho curioso como sete letras tentam ilustrar um ato que pode nos colocar no céu ou no inferno. É com esta tal atitude que decidimos a maneira como vivemos o ontem e viveremos o amanhã. É desta tal atitude que frases do tipo "colhemos o que plantamos" viram clichês para muitas pessoas. Atitude. A de ação. T de tentar. I de íntimo. Outro T para temor. U para ultrapassar. D de determinação. E para espírito. Quantas frases podemos fazer com estas palavras para dizer que atitude é algo intrínseco a cada indivíduo e que dependemos da coragem para vencer nossos fantasmas e hábitos em busca de realização? Ler o blog do Léo me fez refletir sobre a vitória do Solonei, não na maratona, sobre as adversidades que sempre cercaram sua vida. me faz pensar em como alguém não consegue sorrir para a vida. A comemoração dele foi uma celebração a vida. E que vida! O cara se reinventou e hoje vive uma vida digna. Isso é o que importa. Lições como esta é que me lembram que tenho a chance de fazer mais e melhor todos os dias. Basta atitude.
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