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Meu cativeiro

Ainda está escuro quando abri os olhos na silenciosa madrugada da última quarta. Tentei imaginar que horas poderiam ser, quando o despertador começara a tocar. Eram cinco horas. O primeiro dia em sete sememas que eu levantava para treinar. Uma pergunta não saia da cabeça. Eu me questionava sobre o quanto eu poderia ter regredindo após tanto tempo parado.]
O ritual foi o de sempre. Lanche rápido e vestir as roupas separadas na véspera.Demorei mais que de costume. Falta de prática, mas as cinco e meia eu estava na rua. O aquecimento foi feito, enquanto o Garmin sincronizava o GPS, e foi curtir os quarenta minutos de treino. Dava até para forçar e correr o treino inteiro, mas a frequência cardíaca estava bem mais alta que de costume. Assim, pouco antes da metade do treino resolvi caminhar. Forçar para que? Estava comemorando um triunfal retorno, depois de ficar amarrado ao sofá em meio aos estudos e afazeres do dia a dia. Temperatura baixa, ruas tranquilas e uma alvorada inspiradora como cenário. Ainda tive oportunidade de agradecer ao passar em frente a igreja de São Judas Tadeu por mais esta vitória.
Em casa, resolvi definir uma planilha para as próximas oito semanas. Avaliei uma para iniciantes, mas três semanas de caminhada seriam demais. Acabei optando por oito semanas em nível intermediário da O2.
Dois dias depois voltei para rua. Já foi melhor. Consegui percorrer uma distância maior em menos tempo, mas ainda caminhei.

O que não podemos esquecer depois de cair é lembrar de se levantar. Seja lá o que for que lhe atormenta, lembre-se que não será para sempre se você encontrar formas diferentes de enfrentar o problema. Uma hora você acerta e pronto! Livre para outra!!! Daqui a duas semanas tem Circuito Rio Antigo para comemorar mais um ciclo, apesar deste último ter sido sem o tênis. Mas ao olhar para as fotas e para a medalha, a lembrança da vitória virá de qualquer forma.
Parafraseando Rubem Alves (que Deus o tenha): "Vive mais, quem tem motivo!"

Boas passadas

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