Cuide. Antes de mais nada, feliz dia do meio ambiente. Hoje é o dia (mas deveriam ser todos os demais também) para se dedicar a ações que venham a preservar nossa casa. Sim, pois moramos no mesmo lugar: o planeta Terra. Construímos moradias apenas para alcançar algum conforto, mas no fundo cuidamos do mesmo lugar. Espero que você esteja fazendo sua parte.
Prelúdio. A Braskem Ecorun é uma das várias corridas organizadas pela O2, seguindo o já conhecido padrão de qualidade. Esta prova tem de especial o fato de ser a base da união entre eles e a WWF. Outro fato curioso é saber que se trata de uma prova que tem como objetivo a consciência social sobre a preservação do meio ambiente. Folhetos explicativos, livros infantis e caixas de lixo seletivo são diferenciais deste evento. Mas o melhor - para nós corredores - eu deixei para o final. A prova segue aos moldes do Circuito Adidas, mas o público é absurdamente menor. Éramos pouco mais de 5 mil - no olhômetro - em uma manhã de "casamento de viúva".
Às seis da manhã de domingo faziam 16 graus e o céu estava nublado. Levantar da cama foi um ato quase irracional, pois além do clima convidativo para se permanecer debaixo do cobertor, na noite anterior nós havíamos ido a um casamento. O alarme tocou e antes mesmo de abrir os olhos eu já estava em pé na cozinha arrumando o desjejum. Pouco depois das seis e meia eu estava saindo casa, quando a chuva despencou. Era a última chance de desistir, mas já estava tudo pronto. Virei as costas para janela e entrei no elevador.
Ao alcançar a Praia de Icaraí minutos depois depois percebi que a chuva já estava mais fraca e olhando para a ponte - Niterói/Rio - vislumbrei raios do sol. Uma viúva possivelmente estaria se casando naquela manhã, que também entraria para história com a implosão da antiga fábrica de uma cervejaria ao lado do Sambódromo. Menciono o fato, pois o trânsito na Av. Presidente Vargas e arredores foi desviado por questões de segurança. Eu ainda tive a Perimetral como alternativa e não enfrentei retenções.
A chuva ia e vinha sem parar. Quando cheguei ao posto de retirada do chip me deparei com um cenário meio esquisito. Apesar da música e dos varios estandes para se visitar, as pessoas estavam mais preocupadas em se proteger da chuva. Não fiz diferente. Passei a maior parte do tempo no estande da O2, fazendo mão do privilégio de ser assinante da revista, antes de seguir para o pórtico de largada. Para sorte e alegria de todos parou de chover momentos antes da largada. Realmente Alguém olha por nós, pois o locutor já convocava a presenç de todos para largada. Eram quase oito da manhã e a temperatura aumentara para 17 graus e uma pontinha de sol sugira como um fortuito prelúdio para o que estava por acontecer. A chuva e o vento pararam, como seu naquele momento Ele estivesse abençoando aquele palco para o grande feito de seis mil corredores, que desejavam saudar a vida esbanjando disposição e vigor.
A corrida. Faltando poucos instantes para a largada tentei tirar algumas fotos e acabei me distraindo. Com uns 500 metros de prova foi que consegui ajustar o Runkeeper para marcar a corrida. Perdi o controle de distância, mas relevante era marcar o pace. A corrida seria utilizada como balizamento para definir o pace para a meia maratona que irei correr no final do mês. Mas para minha surpresa, passei o primeiro quilômetro com pouco menos de 5 minutos. Rápido demais, mas compreendi. Não havia motivo para tal, pois não estava realizando ultrapassagens, mas apenas seguindo o fluxo. Larguei em uma posição interessante, pois a maioria estava seguindo o mesmo ritmo. Tentei me concentrar nas passadas para não quebrar.
Ao passar pela placa do Km 2, percebi que estava com pouco mais de 10 minutos e o Runkeeper anunciava um pace de 5'11". Eu me sentia bem, mas sem compreender direito o que ocorria. Eu vinha de duas semanas imprestáveis com treinos comprometidos e doença. Será que era o tempo frio? Tomei coragem e mantive as passadas. A cada quilômetro conquistado o Runkeeper confirmava o pace na casa dos 5'10"... às vezes um pouco mais alto, ou mais baixo. Mas a verdade era que meu recorde pessoal estava sendo detonado com muito simplicidade. Passei no Km 5 com 25'31", praticamente um minuto mais rápido do que na Adidas Outono/11. A questão agora era administrar, ou continuar puxando o ritmo? O que fazer quando se tem uma margem deste tamanho? Comi uma barra de cereal - pois esqueci o Carb up em casa - e continuei marcando a batida, mesmo correndo o risco de quebrar próximo do final. Passei no Km 7 inteiro e naquele momento me distraí pensando em como seria este post que escrevo. A euforia começava a me tomar, mas a corrida ainda não havia terminado. Busquei forças para me manter concetrado e no ritmo. A cada quilômetro que me aproximava da chegada a vontade de aumentar o ritmo crescia, junto com a felicidade do inesperado. Eu não achava que seria capaz de igualar meu recorde pessoal, ou muito menos pulverizá-lo em aproximadamente três minutos nesta prova. As condições foram muito adversas. Terminei com 51'17"64, meu novo recorde para os 10 Km, com um pace de 5'08", com um dos splits com 4'58" e muitas fotos daqueles que cobriram o evento.
Niterói. Meu compadre diz que a orla de Niterói é um local duro de treinar. A pirambeira para o MAC e a "inocente" subida da Fróes nos fazem trabalhar em um nível diferenciado de intensidade. O trecho de praia entre Ingá e Icaraí também possui oscilação de altimetria e, por fim, São Francisco com sua grande reta em direção à Charitas. Nós que nos acostumamos com a dificuldade, quando pegamos um lugar plano para correr brincamos... digo, corremos. Obviamente, fatores como temperatura e uma largada sem muitas ultrapassagens ajudaram. O próprio nível dos participantes foi relevante, pois pouco mais da metade da prova acabei me fazendo de alguns competidores como coelho para me ajudar a manter o ritmo.
Terra sagrada. Assim como o Maracanã está para o futebol, o Aterro do Flamengo está para a corrida. No Maraca assisti a jogos memoráveis e a inúmeros títulos do melhor do Rio e curiosamente no Aterro, meu templo particular, tenho conquistado marcas expressivas nesta minha breve trajetória como corredor. Talvez seja a altimetria, o visual, o astral... sei lá. Fato é que o lugar desperta o que tenho de melhor na hora de empurrar o asfalto.
Prelúdio. A Braskem Ecorun é uma das várias corridas organizadas pela O2, seguindo o já conhecido padrão de qualidade. Esta prova tem de especial o fato de ser a base da união entre eles e a WWF. Outro fato curioso é saber que se trata de uma prova que tem como objetivo a consciência social sobre a preservação do meio ambiente. Folhetos explicativos, livros infantis e caixas de lixo seletivo são diferenciais deste evento. Mas o melhor - para nós corredores - eu deixei para o final. A prova segue aos moldes do Circuito Adidas, mas o público é absurdamente menor. Éramos pouco mais de 5 mil - no olhômetro - em uma manhã de "casamento de viúva".
Às seis da manhã de domingo faziam 16 graus e o céu estava nublado. Levantar da cama foi um ato quase irracional, pois além do clima convidativo para se permanecer debaixo do cobertor, na noite anterior nós havíamos ido a um casamento. O alarme tocou e antes mesmo de abrir os olhos eu já estava em pé na cozinha arrumando o desjejum. Pouco depois das seis e meia eu estava saindo casa, quando a chuva despencou. Era a última chance de desistir, mas já estava tudo pronto. Virei as costas para janela e entrei no elevador.
Ao alcançar a Praia de Icaraí minutos depois depois percebi que a chuva já estava mais fraca e olhando para a ponte - Niterói/Rio - vislumbrei raios do sol. Uma viúva possivelmente estaria se casando naquela manhã, que também entraria para história com a implosão da antiga fábrica de uma cervejaria ao lado do Sambódromo. Menciono o fato, pois o trânsito na Av. Presidente Vargas e arredores foi desviado por questões de segurança. Eu ainda tive a Perimetral como alternativa e não enfrentei retenções.
A chuva ia e vinha sem parar. Quando cheguei ao posto de retirada do chip me deparei com um cenário meio esquisito. Apesar da música e dos varios estandes para se visitar, as pessoas estavam mais preocupadas em se proteger da chuva. Não fiz diferente. Passei a maior parte do tempo no estande da O2, fazendo mão do privilégio de ser assinante da revista, antes de seguir para o pórtico de largada. Para sorte e alegria de todos parou de chover momentos antes da largada. Realmente Alguém olha por nós, pois o locutor já convocava a presenç de todos para largada. Eram quase oito da manhã e a temperatura aumentara para 17 graus e uma pontinha de sol sugira como um fortuito prelúdio para o que estava por acontecer. A chuva e o vento pararam, como seu naquele momento Ele estivesse abençoando aquele palco para o grande feito de seis mil corredores, que desejavam saudar a vida esbanjando disposição e vigor.
A corrida. Faltando poucos instantes para a largada tentei tirar algumas fotos e acabei me distraindo. Com uns 500 metros de prova foi que consegui ajustar o Runkeeper para marcar a corrida. Perdi o controle de distância, mas relevante era marcar o pace. A corrida seria utilizada como balizamento para definir o pace para a meia maratona que irei correr no final do mês. Mas para minha surpresa, passei o primeiro quilômetro com pouco menos de 5 minutos. Rápido demais, mas compreendi. Não havia motivo para tal, pois não estava realizando ultrapassagens, mas apenas seguindo o fluxo. Larguei em uma posição interessante, pois a maioria estava seguindo o mesmo ritmo. Tentei me concentrar nas passadas para não quebrar.
Ao passar pela placa do Km 2, percebi que estava com pouco mais de 10 minutos e o Runkeeper anunciava um pace de 5'11". Eu me sentia bem, mas sem compreender direito o que ocorria. Eu vinha de duas semanas imprestáveis com treinos comprometidos e doença. Será que era o tempo frio? Tomei coragem e mantive as passadas. A cada quilômetro conquistado o Runkeeper confirmava o pace na casa dos 5'10"... às vezes um pouco mais alto, ou mais baixo. Mas a verdade era que meu recorde pessoal estava sendo detonado com muito simplicidade. Passei no Km 5 com 25'31", praticamente um minuto mais rápido do que na Adidas Outono/11. A questão agora era administrar, ou continuar puxando o ritmo? O que fazer quando se tem uma margem deste tamanho? Comi uma barra de cereal - pois esqueci o Carb up em casa - e continuei marcando a batida, mesmo correndo o risco de quebrar próximo do final. Passei no Km 7 inteiro e naquele momento me distraí pensando em como seria este post que escrevo. A euforia começava a me tomar, mas a corrida ainda não havia terminado. Busquei forças para me manter concetrado e no ritmo. A cada quilômetro que me aproximava da chegada a vontade de aumentar o ritmo crescia, junto com a felicidade do inesperado. Eu não achava que seria capaz de igualar meu recorde pessoal, ou muito menos pulverizá-lo em aproximadamente três minutos nesta prova. As condições foram muito adversas. Terminei com 51'17"64, meu novo recorde para os 10 Km, com um pace de 5'08", com um dos splits com 4'58" e muitas fotos daqueles que cobriram o evento.
Niterói. Meu compadre diz que a orla de Niterói é um local duro de treinar. A pirambeira para o MAC e a "inocente" subida da Fróes nos fazem trabalhar em um nível diferenciado de intensidade. O trecho de praia entre Ingá e Icaraí também possui oscilação de altimetria e, por fim, São Francisco com sua grande reta em direção à Charitas. Nós que nos acostumamos com a dificuldade, quando pegamos um lugar plano para correr brincamos... digo, corremos. Obviamente, fatores como temperatura e uma largada sem muitas ultrapassagens ajudaram. O próprio nível dos participantes foi relevante, pois pouco mais da metade da prova acabei me fazendo de alguns competidores como coelho para me ajudar a manter o ritmo.
Terra sagrada. Assim como o Maracanã está para o futebol, o Aterro do Flamengo está para a corrida. No Maraca assisti a jogos memoráveis e a inúmeros títulos do melhor do Rio e curiosamente no Aterro, meu templo particular, tenho conquistado marcas expressivas nesta minha breve trajetória como corredor. Talvez seja a altimetria, o visual, o astral... sei lá. Fato é que o lugar desperta o que tenho de melhor na hora de empurrar o asfalto.
André:
ResponderExcluirParabéns pela quebra de RP ... 10K em 51'17" é um baitta tempo!!!
Quem sabe um dia eu chego lá...
Bons Treinos
Fábio
http://42afrente.blogspot.com/
@Fabio
ResponderExcluirEste é o esporte mais honesto que existe, meu amigo. Se treinar com fidelidade os resultados aparecerão. Estou acompanhando seu blog e torcendo por seus feitos.
Obrigado pela visita e boas passadas!
Belo RP. Parece que nesse dia você estava 'no dia'!
ResponderExcluirBoas Corridas!!
Alessandro
http://blog42195.blogspot.com/
@alesilvabr
@Alessandro
ResponderExcluirFoi realmente um daqueles dias em que fazemos mais do que esperamos.
Obrigado pela visita e boas passadas!