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Mostrando postagens de 2011

Bursite trocanteriana

No meu caso, dói do lado esquerdo. Depois de muito custo consegui agendar a ultrasonografia do quadril. O procedimento é realizado com mesmo equipamento do exame periódico das grávidas. É um exame rápido, onde o objetivo foi avaliar a articulação quadril/fêmur. Apesar da dor (em outubro) ser percebida na crista ilíaca, o dispositivo foi apontado para região pubiana. Segundos depois ela disse: "você tem uma bursite . É antiga." Segundo o Wikipedia, bursite é um tipo de inflamação e pode ser provocado por movimentos repetirivos, ou sobrecarga na articulação. A carapuça servi certinha. Como se feita sob medida. O tratamento pode ser feito com anti-inflamatórios, analgésicos, repouso, fisioterapia e dependendo do caso, intervenção cirúrgica.  Contei minha breve história das três meias maratonas, um bocado de treinos e noites mal dormidas, por causa do trabalho e os pormenores da vida. Sem chororo, pois viver é um desafio diário. A parte boa é que o diagnóstico confirmou

Que venha 2012!

As revistas e sites neste final de ano falam sobre férias, controle de peso, cross trainning, supondo que você terá uma folga do trabalho e consequentemente sugerem um plano para você não meter o pé na jaca. Alertas com a manutenção do peso e do condicionalmente físico ocupam mais espaço que o normal. Para mim janeiro será um mês como outro qualquer, pois meu pit stop foram nos meses de setembro e outubro. Minha meta é chegar no inverno a 100%, pois não existe cenário melhor do que os meses de inverno para se fazer tempo. Ao chegarmos em setembro, apenas com sorte teremos temperaturas amenas o suficiente para sonhar com recordes pessoais. Assim, vejo o terceiro trimestre como um bom período para baixar o ritmo e reiniciar a preparação física. Até pelo ritmo que a vida profissional nos impõe. São meses realmente duros pela necessidade de cumprimento de metas. Não sei se estou certo e agradecerei a sua manifestação. Falando em metas pessoais, 2011 foi um ano de conquistas, recordes pes

2412 metros e um pouco mais de Max e Cooper

São Francisco e Charistas ao fundo Hoje terminei o primeiro ciclo de treinamento após o tempo que passei no estaleiro. O objetivo era voltar a correr 10K com conforto. Assim levantei para o treino deste domingo nublado, com temperatura perto dos 25 graus. Uma corrida leve até São Francisco, alguns minutos de descanso e a largada para os 2.4K conhecidos como Teste de Cooper. Poderiam chamar de vestibular dos corredores. Para quem não conhece, o Teste de Cooper é uma avalia o tempo que um corredor leva para cumprir 2.400 metros. Mr. Cooper elaborou uma planilha para avaliar homens e outra para avaliar mulheres, levando em considerando grupos usando faixas etárias como parâmetro. Usei como largada a faixa do sinal no início da orla de São Francisco. Apesar da distância parecer pequena, não é pequena a ponto de bancarmos um velocista. Quando fiz o este pela primeira vez, quebrei. Terminei com quase 12 minutos. A segunda, já vacinado, consegui um desempenho melhor. Mas a segunda met

Os excessos e suas consequências

Hoje aconteceu a Corrida do Comércio em Niterói, organizada pela Spiridon. Foram 6.7K do MAC até a Estação das barcas no bairro de Charitas. Postos de hidratação ali pelo Km 2.5 e outro ali pelo Km 5.0. A pista lateral das praia de Icaraí e São Francisco foram isoladas e a Estrada Fróes reservada exclusivamente para os corredores e caminhantes. A camisa do kit era tão bonita quanto a da Corrida da Unimed. Pena que não vi divulgação para o evento. Para falar a verdade, acho que pouca gente além dos menos de 300 que largaram viram. Este é um problema constante para as coisas que acontecem do lado de cá da Baía. Como eu soube disso tudo? Soube ontem de noite com meu compadre Gláucio e fomos de pipoca, oras. A leitura da Runner's de dezembro o quanto a vida moderno nos induz a uma séria de vícios. Não preciso falar dos entorpecentes para ilustrar este post, pois a bebida e o álcool são dois exemplos de drogas sociais que estão disponíveis e sem muita censura. Algumas leituras

O peso de uma mudança

Nas últimas semanas eu tenho acompanhado os protestos em torno da mudança de percurso da São Silvestre. Li reclamações que falavam sobre a qualidade do novo percurso, do poder de algumas empresas, a quebra de tradições... sinceramente, analisando friamente digo que mudar faz parte da ordem natural da vida. Segundo alguns estudos de comportamento (procure o Google) o ser humano é 10% aptidão e 90% adaptação. Somos mutantes, plurifacetados, multitarefas e INCONSTANTES.  Obviamente que alguns hábitos estão mais enraizados do que outros em nosso jeito de ser ou de viver. Que em alguns lugares ou culturas a tradição garante um modus operando para um grupo de pessoas, mas a verdade é que mais cedo ou mais tarde as coisas (e pessoas) mudam. Eu tive que mudar (para melhor diga-se de passagem) para me tornar um corredor. Velhos hábitos foram deixados para trás e outros novos foram incorporados em busca de uma vida mais saudável e sem vícios, digo vícios ruins. Se você é novo no mundo da

No pain... no PAIN!!!

Não haveria forma melhor de comemorar a conquista dos 1900 Km de corrida. Final de semana é sinônimo de longão e este havia um gosto especial, pois seria meu primeiro treino com 60 minutos desde que começei este novo ciclo de treinos e colocaria a prova minha recuperação. Sony com resistência a água Tinha tudo para dar errado. Terminei a semana exausto, tanto que às dez da noite da sexta-feira eu colocava o rebento para dormir e fui junto. A esperança era ter uma noite de sono com oito a nove horas para acordar bem disposto, mas por volta das três da madrugada acordo com o choro do pequeno. Algo que ele comeu provocou uma baita de uma diarréia. Até a situação se acertar levou tempo. Eram quase cinco e eu ainda em ação. Acho que peguei no sono perto das sete, mas às oito e meia o patrãozinho me expulsava da cama. Daquele momento até as quatro da tarde, o tempo passara rápido. Não tive tempo para piscar. Aproveitei o tradicional sono da tarde dele para descansar a cabeça, mas acab

Treinos intervalados e a perda de peso

Imagine você sentado em sua mesa de trabalho ouvindo seus companheiros discutindo sobre saúde, boa forma e voltar para musculação. Nenhuma novidade neste mundo onde muitos vivem de promessas (principalmente nesta época do ano) e alguns poucos assumem um real compromisso de revolucionar a própria vida. Mas o cenário foi montado por causa de um comentário específico. Um destes personagens jurava que voltaria a boa forma através da corrida. Quando ouvi a palavra corrida, me interessei e comecei a prestar atenção na calorosa e animada conversar, até que ele disse que faria tudo isso com treinos contínuos baseados em distância. Você também já passou por uma situação semelhante? Pois é, você não foi o único. Os treinos são mais do que simplesmente colocar um par de tênis e sair correndo por aí, ou pela esteira até um número mágico aparecer. Os treinos são elaborados objetivando uma crescente de condicionamento, se fazendo (principalmente) dos treinos intervalos. Se você não conhece o termo

Correr, dormir e comer... mas comer muito bem!

Mais uma semana de treinos chega ao final trazendo ensinamentos e reflexões. As dores no quadril vem diminuindo rapidamente desde que retomei os exercícios funcionais e me concentrei em manter a postura correta para correr. Manter o corpo ligeiramente inclinado para frente, cabeça erguida, olhos no horizonte, abdômen contraído e quadril encaixado. Não tão difícil quanto se lê, mas que requer força e concentração. A parte boa é que ganhei velocidade, pois a "passada encaixada" reduz o tempo de contato com o solo. A parte inusitada é relativa a ressonância que estou tentando fazer. Ainda não consegui uma data para realizar o exame, mas em poucas semanas o resultado será praticamente nulo, com a regressão que a lesão tem apresentado. Você que chegou até aqui deve estar se perguntando o que o título tem a ver com isso, não é? Tem tudo, pois treinar não é apenas o ato de cumprir com as especificações da planilha, vai além. Ter uma alimentação adequada e reservar boas horas de

A importância da técnica

As últimas semanas as dores na altura do quadril ganharam minha reflexão. Frequentemente eu parava para pensar na origem do problema. Se os tênis tiveram participam nisso, se a falta da musculação seria a culpada, se algo congênito finalmente se manifestou... Mas ao ler a matéria CONSERTO EM DÓI MAIOR na Runners 36 (edição de outubro) me lembrei de algo que negligênciei: os abdominais. Em meio aos afazeres percebi que havia parada com os exercícios abdominais e com a intensidade dos treinos e das provas as dores vieram. Trocar o tipo do tênis ajudou a minimizar o problema, mas não seria esta a solução. Correr na esteira me obrigou a ajustar minhas passadas. Na esteira não temos a mesma “liberdade” que temos quando corremos na rua. A largura limitada da esteira e o forçoso movimento dela jogando-nos para trás, obriga a adoção de uma postura mais rígida e concentração nas passadas. Neste momento lembrei de uma velha recomendação: cabeça erguida olhando para o horizonte, tronco leveme

André e seu novo tênis: Asics Gel Cumulus

É o Cumulus! O tênis me obrigou a fazer uma homenagem ao velho humorista que tive a satisfação de conhecer na minha infância, quando os Trapalhões passaram por Recife. Mas Cumulus é o nome do meu novo parceiro de corrida. O Asics Cumulus é um tênis com ênfase no amortecimento, mas não tão caro quanto o Asics Nimbus ou o Asics Kayano. Teste de rua . O tênis é realmente impressionou, com um amortecimento realmente inesperado. Para quem lê pela primeira vez este blog, eu estou trocando os tênis com ênfase em estabilidade por aqueles com ênfase em amortecimento. Há algum tempo busco um bom ortopedista para diagnosticar uma dor, que acho ser na crista ilíaca (depois de muito procurar em mapas de anatomia), ao invés de passar simples anti-inflamatórios.  Eu defendo uma têse de que a dor seja consequência do impacto, tanto que enquanto usei o Adidas Cushion (amortecimento) ela diminuiu. Quando voltei para o Asics Kayano (estabilidade), assim como quando usei o Adidas Sequence ela se f

Cuide bem do seu cabide

O dia de treino amanheceu com chuva e a noite anterior eu teimosamente fiquei assistindo a TV. A preguiça veio e o corpo parecia estar preso a cama pela coberta. Pensei "mais 5 minutos e eu levanto". Pura ilusão. Algum tempo depois eu ouço a voz do pequeno rebento me chamando. Sinto o celular em algum lugar entre a cama e minhas costelas. Ao resgatá-lo descubro que os 5 minutinhos viraram 2 horas. Passavam das oito da manhã. A culpa bateu, mas rapidamente foi substituída pela lamentação, pois não gosto de correr “tarde” por causa da poluição dos carros. Foi quando lembrei que havia consertado a esteira ergométrica, que há tempos foi transformada em cabide de roupas desde nossos tempos no Fonseca. Não ria, pois nosso cabide, digo esteira, teve grande serventia mantendo minhas camisas sociais esticadas. Passava-as a noite para na manhã seguinte vesti-las impecáveis graças ao nosso querido cabide. Brincadeiras a parte, a velha Meister é uma modesta esteira semi-profissional

1800 Km depois...

Nunca 100 Km foram tão difíceis de se correr como estes últimos. Revendo os acontecimentos, vi que tive de tudo um pouco: fadiga, excesso de trabalho, noites mal dormidas e até desânimo. Nem tudo foi resolvido, mas alguns obstáculos foram vencidos criando uma oportunidade para retomar este prazeroso hábito. O treino de hoje cedo culminou com a foto abaixo. Subir a pirambeira até o museu foi marco para fechar a terceira semana de treinos feliz e motivado.  Praia de Icaraí É incrivelmente frágil o controle que temos sobre o tempo e o que "decidimos" fazer em e por nossas vidas. Um imprevisto, um evento mais poderoso que não possamos interferir, ou evitar, mudam rapidamente o que achamos fazer por livre arbítrio.  Por isso comemoro os 1800 Km com estas inspiradoras fotos, pois são os detalhes que fazem a diferença, que nos motivam, que nos fazem pensar que vale a pena. É a nossa celebração a vida em cores e formas.  Quando cheguei ao MAC eu cantarolava a música do Ro

Cão-coelho

Eu pensei em vários temas para este post. Pensei em comemorar meu retorno aos treinos, por ter corrido sem parar por mais de 40 minutos, ou pelo primeiro treino em tempos com o compadre Gláucio. Mas hoje vou falar do cão-coelho, nosso companheiro de treino.  A foto ao lado poderia ser dele, caso eu não estivesse falando de uma cachorro de rua. Nosso amigo de quatro patas que puxou parte do treino. A orla de Icaraí, São Francisco e a Estrada Fróes fazem parte dos longões há tempos. Do MAC ao Naval,  ou qualquer coisa entre eles. Seria um treino rotineiro com um boa conversa, se retornando pela Praia de São Francisco nosso amigo cão-coelho não se colocasse trotando a nossa frente. Ficamos incrédulos quanto a permanência dele ali, mas ele não acelerou ou reduziu o ritmo. Marcou o pace junto conosco e seguia a nossa frente, salvo quando uma moto se aproximava. Ele tentava revidar os "grunidos" do motor com todas as forças e em seguida voltava para nossa frente.  Assim, segu

Refém dos hormônios

Eu resolvi escrever este post após a leitura do artigo da Patrícia Julianelli na Runner's #36 encabeçado pelo título NO LONGO PRAZO. A reportagem me fez lembrar da situação que algumas mulheres (mentira; da minha avozinha a atendente do balcão da padaria; praticamente todas) desenvolvem pelo menos uma segunda personalidade durante as crises pré-menstruais. Nestes já muitos anos de vida já assisti todas, ou quase todas as facetas que um ser humano pode assumir. A dengosa, a meiga, a chorona, a estressada, a irritante (digo irritada), a persseguida, a "estou gorda", a "estou feia", a prostrada, a cansada e a mais clássica e temida por todos os homens: a homicida. Que homem nunca olhou nos olhos de uma mulher as veias palpitando de uma raiva irracional por um motivo irrelevante por causa dos tais hormônios da pré-menstruação. Elas mais parecem lobisomens (ou seu gênero feminino seja lá qual for) sedentos por sangue... seu sangue por sinal. Mas não escrevo para

Li e gostei na Runners #35 - setembro 2011

Meu ostracismo resultou em 3 revistas sem ler e hoje começo a tirar o pé da lama com a leitura. Abaixo algumas considerações sobre a edição da RWB de setembro: 1. Como tudo que se consome com moderação, a carne vermelha também pode ser uma aliada para o corredor 2. O Toddynho não é coisa apenas para crianças 3. Ouvir o corpo falar continua sendo a parte mais importante do treino de um corredor 4. Trabalhar o core é definitivamente a base da saúde do corredor 5. As colunas OXIGÊNIO e NO PIQUE sempre me fascinam 6. A reportagem sobre o Bruno Favoretto mostra que os limites estão em nossa mente 7. Continuo procurando respostas sobre qual o melhor tênis para correr: estabilidade X amortecimento? Dos temos acima, vou destacar os exercícios para reforçar a região central do corpo. Não estou falando apenas os abdominais, pois não podemos esquecer dos exercícios para reforçar a coluna, principalmente nossa região lombar. Fraqueza nas costas leva a má postura na corrida, q

E lá vamos nós novamente - Parte II

Vou começar este post apresentando a comadre, esposa do Gláucio. Ela também corre. Ama uma atividade física desde que não a tire da cama cedo. Resolvi falar da minha comadre, pois uma frase que ela me disse explica exatamente o momento que estou vivendo:”Você não vive para correr, mas corre para viver melhor. Esta fase de transição vai passar e você tem a vida inteira para correr”. Da mesma forma que foi um alívio suas palavras de apoio, uma pergunta não sai da minha cabeça: Quanto tempo mais precisarei para reorganizar meu relógio biológico, horário de trabalho e família? Este é um típico caso em que a agenda se tornou uma grande desafio. O corpo reclama treinos, mas estes não cabem mais a noite por costume. De manhã ainda é algo impossível, pois não consigo levantar mais às cinco da matina. E assim o tempo vai passando. O relógio biológico está tão maluco que fui colocar meu filho para dormir às nove e embarquei num lindo sono ao lado dele na cama. Agora são quase duas da manhã e ac

E lá vamos nós novamente

Foram quase 4 semanas parado. Poderia chamar de férias, mas estaria me enganando. O burnout foi sério e cheguei a me perguntar quando as coisas melhorariam. Em meio a mudanças na vida profissional, nem a corrida foi capaz de trazer alento para um corpo e mente cansado, apesar das conquistas. Foi necessário parar, ou melhor, fui obrigado a parar. A mente deixou de comandar o corpo. Mas finalmente as coisas parecem estar retornando ao eixo. O treino de sábado foi um bom reinício. Foi o que eu esperava. Pace alto e frequência alta. O corpo ainda não está 100% recuperado, mas aceitou o esforço. Os treinos da semana sofrerão alteração. Segunda-feira, por questões profissionais, o treino deve passar para a noite, mas o de quarta firme e forte me propiciará um belo nascer do sol. Depois de conversar muito com minha querida esposa, ela me incentivou a participar da Adidas Primavera , mesmo que seja apenas para terminar a prova. Relutei, mas finalmente me inscrevi agora há pouco. Dia 9 de o