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Mostrando postagens de maio, 2012

Quando as noites se tornam mais longas e escuras

Quando ele abrira os olhos percebera que ainda era noite. Algum horário na madrugada a dentro, devido ao profundo silêncio que o cercava. Com medo ele sentou sob seus joelhos e apoio as mãos na cama em busca de uma posição mais confortável. Ele se sentia fraco e o esforço para sequestrar o ar que necessitava para respirar o fazia transpirar. A sensação de asfixia era tamanha, que a melhor descrição é comparar ao esforço em uma prova de 5 Km, no máximo de suas forças, mas tentando respirar através de um canudinho de refrigerante. O sibilar de sua respiração não demorou muito a chamar a atenção de sua mãe, que buscou rapidamente o vaporizador para iniciar o tratamento. Ele não vira sua mãe colocar soro e remédio no recipiente. Tão pouco percebera os minutos que o dispositivo necessitou para começar a emanar o vapor mentolado. O garoto com ajuda da mãe aproximou-se do feixe de vapor para tentar inaiá-lo. Passaram minutos, difícil dizer quantos, até que a respiração do garoto começara a

Corre melhor quem respira pela boca

As últimas duas semanas o pouco tempo livre que tive serviu para a preparação da Corrida da Ponte e para a leitura. O texto que me chamou mais atenção nestes dias estava na Runners de abril (edição 43). Parece óbvio que respirar pela boca vai fornecer mais oxigênio aos pulmões, mais vai de encontro ao que aprendi desde de garoto, quando minha avó falava para fechar a boca e respirar direito. Ao mesmo tempo, me lembrei dos anos de natação em que instintivamente respirava pela boca em busca de energia para as braçadas. Como disse, parece óbvio, mas passo despercebida esta alternativa técnica para captar mais "combustível" para correr. Nas próximas semanas trarei minhas impressões desta técnica. DIÁRIO DE UMA MEIA MARATONA, CAPÍTULO 7 Os dias que vêem após uma prova normalmente são preenchidos por uma fadiga muscular, mas desta vez até que a recuperação foi rápida. O treina da quarta, o primeiro depois da corrida, foi leve e sem complicações. Confesso que não me prendi rigo

Corrida da Ponte: o recomeço

A vontade de correr uma meia maratona veio em meados de março. Com a melhora da contusão no quadril e o desempenho nos 5 Km da Adidas Outono e os 10 Km do Circuito Athenas, minha decisão e confiança estavam bem amparadas. Assim, iniciei um novo ciclo de treinos para vencer os 21.097 metros da Asics Golden Four. Calma, não estou louco, ou digitei corretamente. Esta é minha prova alvo. O ciclo de treinos de base se encerraria faltando 8 semanas para a prova e para avaliar o meu estado, veio o desejo de fazer um ensaio. Aqui entra a Corrida da Ponte. Mas decisão de corrê-la veio apenas depois de ler a nota dos organizadores quanto as modificação que iriam ser promovidas na prova deste ano (veja post anterior). Mesmo com as modificações seria um baita desafio. Quando corri minha primeira meia maratona eu vinha de 14 meses de treinos, 6 provas e 10 Km e algumas provas menores e revezamentos. Desta vez a base era bem menor, mas eu contava com o pouco mais de experiência para superar o meno

Diário de uma meia-maratona, capítulo 6

EU ADORO UMA SEGUNDA-FEIRA Este ciclo de treinos para meia-maratona, composto por três sessões semanais, possui um treino de qualidade na segunda, um de força na quarta e um último de resistência no sábado. Hoje falarei um pouco mais dos treinos da segunda, normalmente treinos de intensidade moderada. Intensidade esta recomendada para um amador que pretende correr uma meia-maratona. Assim, os treinos da segunda-feira se tornaram uma referência importante para planejar uma prova. Faltando duas semanas para a Corrida da Ponte Sedex, fiquei muito feliz com os resultados que pude apurar. Nos 40 minutos desta última segunda eu consegui manter o pace em 5'45", muito próximo do ritmo sugerido pelo Sérgio , autor do blog Corredor Feliz, e pacer deste que aqui escreve na Golden Four Asics 2011 . Realizando uma projeção, seria possível cumprir com os mais de 21 quilômetros em aproximadamente 2 horas e 5 minutos, se as condições forem favoráveis. Neste ponto gostaria de registrar u

Diário de uma meia-maratona, capítulo 5

Faltando 56 dias para a Golden Four Asics completei 2400 Km corridos. Ufa! Em algum lugar alguém escreveu que manter o foco era fundamental, pois estabelecida a rotina, a endorfina daria conta de reforçar o hábito. Assim, além de manter este blog, eu tinha um objetivo: marcar minha quilometragem no trajeto do Rio até Recife, fazendo o mesmo caminho que meu pai fazia em nossas viagens de verão. A missão foi cumprida. Cheguei a porta da minha antiga casa em Recife. Foram pouco mais de dois anos de treino, onde corpo e mente foram reciclados. Não sou mais a mesma pessoa. As prioridades mudaram. O estilo de vida mudou. Aprendi a ver a vida com mais alegria e a enfrentar as adversidades como lições a serem aprendidas. Treinar e correr para uma meia-maratona me fez mais paciente, pois é um legítimo teste de resiliência. PARA ONDE IR AGORA? 2400 Km depois eu cheguei a minha antiga casa. Fiquei pensando para onde eu iria depois disso, então decidi VOLTAR! Acho que vou descer até Floripa, out