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Mostrando postagens de 2012

Retrospectiva 2012

Apesar dos boatos, apenas 2012 está acabando. Resolvi aproveitar o momento para refletir sobre a corrida em minha vida este ano e nada melhor do que rever algumas passagens do blog. O ano termina com treinos de velocidade e dois textos valeram a pena ser revistos:  Em busca de mais velocidade FCM: como calcular o limite saudável do seu coração? O primeiro praticamente foi um marco para esta nova etapa, quando a dedicação a técnica tornou-se essencial para uma boa corrida. O segundo praticamente consolidou uma metodologia de treino baseada em frequência cardíaca, que neste momento deixei de lado para me dedicar aos treinos baseados no ritmo. O comentário a seguir é de um leigo, mas baseado em minha experiência posso dizer que os treinos de ritmo não são a melhor opção para os iniciantes, ou àqueles que estão ainda alcançando um nível intermediário. É preciso um bocado de consciência corporal e rodagem para não se arrebentar com os treinos mais intensos proposta nos treinos por r

Treinos baseados em intensidade ou contra o relógio: qual o melhor?

Este vai ser meu terceiro verão de treinos. É um período em que prefiro me dedicar a velocidade, as provas curtas, pois acho muito sacrificante enfrentar qualquer coisa além dos cinco quilômetros com o calor do Rio de Janeiro nesta época do ano. Nos dois primeiros anos usei planilhas que definiam a intensidade dos treinos baseando-se na frequência cardíaca, que me trouxeram bons resultados. Este terceiro ano de treinos começa com uma nova proposta. A planilha My Asics sugere os treinos de qualidade baseados em ritmo, isto é, controle do tempo. Assim, no domingo saí para o primeiro treino deste novo microciclo. Nada demais. Dez minutos de aquecimento em corrida leve, cinco quilômetros com o ritmo médio entre 6'00" e 6'30" e por fim dez minutos de desaceleração. No segundo treino seriam três tiros de um quilômetro com três minutos de corrida leve entre eles para recuperar o fôlego. O detalhe é que o ritmo dos tiros deveria ser entre 4'50" e 5'15". P

MY ASICS - Treinos personalizados online

Tudo começou quando a Márcia postou no Facebook que gostara do My Asics, um aplicativo online que gera planilhas personalizadas gratuitamente. Mas foi lendo o post da Aline que me interessei pelo serviço. Ratificando a informação passada por ela, o site oferece um mecanismo para construção de uma planilha de treinos, ou invés de apenas lhe sugerir algumas planilhas com período de treinos fechado. O formulário do My Asics inicia com a primeira e mais inusitada pergunta: quando será prova alvo? Depois vieram os campos para a distância alvo (de 5 km) e o tempo alvo (de 24'00"). Em seguida passei meu último tempo (de 24'11") feito na Adidas Verão 2012, disponibilidade de 3 dias para os treinos semanais e a intensidade alta para os treinos. Momentos depois o site retornou que as 7 semanas de preparação poderiam me levar a 23'40"! Não esperava tanto e me surpreendi. Me surpreendi por não ter que costurar uma planilha pré-moldada. Me surpreendi pela proposta de

Crônicas de um corredor pitaqueiro: Circuito das Estações Adidas - Eterno amor e ódio

Foram mais de 14 mil participantes! A Adidas e a O2 mostraram muita organização para cuidar possivelmente de um dos eventos com a maior participação de corredores este ano no Aterro do Flamengo. Porém, apesar dos esforços, a alienação e pouca educação dos participantes (em sua maioria iniciantes) parecem não ter jeito. A organização da prova tentou uma nova estratégia para tentar oferecer uma largada por ritmo, deixando as baixas fechadas até faltarem 15 minutos para a largada. Quando os seguranças romperam as fitas de isolamento as pessoas começaram a entrar NÃO SÓ PELA ENTRADA. Começaram a pular a cerca e em alguns pontos abriram brechas nas cercas de metal para passar. Quando percebi apertei o passo para ficar bem na frente do pelotão azul, onde CONQUISTEI O DIREITO DE ESTAR. Mas a cada minuto que se passava, as pessoas se amontoavam para ficar o mais próximo do pórtico de largada possível, apesar de não terem cara de corredores de elite, pois mesmo capazes de manter um ritmo abai

Circuito das Estações Adidas - Etapa Verão 2012

As últimas semanas foram dedicadas a treinos de velocidade. Não sei o quanto ganhei com os treinos, mas vou animado para o Aterro do Flamengo. Seguindo o velho ritual usei o sábado para recobrar as energias, depois de mais uma semana intensa no lado profissional. Aproveitei para conhecer o Mizuno Challenge 2012 , um reality show de (e para) corredores. Foi um ótimo artifício para ficar de pernas para cima, apesar das regras não ficarem muito claras nos pequenos vídeos semanais dos episódios. O resto do tempo eu revisava mentalmente os treinos e analisava minhas reais chances de superar o André de 2011, que depois de um verão de treinos intensos fechou os 5 km da Eco Run em 24’35”. Veio o sono. Ainda estava escuro quando levantei para tomar o café e me arrumar. Por volta das seis eu saía de casa. Um pequeno desvio para pegar minha amiga Marta antes de seguir para o Rio. Mulher forte. Se um dia ela permitir, contarei sua história. Chegamos cedo. Foi fácil estacionar. Em meio

RESENHAS: Revista Runners #49

Há algum tempo recebo elogios sobre as resenhas que realizo das revistas. Não me preocupo em falar sobre todas as matérias, mas chamar a atenção a assuntos importantes ou que de alguma forma tenham me chamado atenção. Mas este mês eu tenho uma nova proposta. Gostaria que estas RESENHAS se tornassem fóruns de discussão, onde suas percepções trarão valor inestimável para todos os visitantes da página. Não peço para ninguém defender cientificamente nada, mas apenas dividir suas experiências com o tênis quando convir. Esta é minha forma de comemorar meus 3.300 km corridos! Espero que este novo formato lhes seja atraente. Um brinde a corrida! Galera ... sabe aquela sede que dá no final da prova, ou do longão do final de semana? Na próxima vez que você superar seus desafios brinde com uma cerveja! É assim que a RUNNERS #49 se inicia. Falando dos benefícios da cerveja APÓS treinos ou competições. Mas isso não é desculpa para encher o pote, senão mesmo fora do carro você vai acabar se

Quer conhecer o verdadeiro caráter de uma pessoa, dê o poder a ela

Era uma terça-feira que amanhecia chuvosa. Perfeita para continuar debaixo da coberta, mas o bicho da corrida não me deixou ficar na cama. Levantei no primeiro toque do despertador e rapidamente já estava com tudo pronto para o último treino de tiros antes do Circuito das Estações Adidas, etapa verão. Seria um treino como outro qualquer se não fosse por um infeliz incidente no trecho de volta para casa. Simplesmente um inconsequente motorista de ônibus, apesar da pista de três faixas completamente vazias no início da manhã, resolveu reivindicar o meio metro de asfalto que eu utilizava para realizar meus tiros. Não foi assustador, pois correndo na contramão eu consigo acompanhar o comportamento dos veículos. E ao perceber o movimento inconsequente do indivíduo que guiava o ônibus, pulei para a calçada. Afetou um pouco a corrida, mas afetou ainda mais minha tranquilidade e civilidade. Depois de um sem número de palavrões passarem pela minha cabeça e eu deixar um dedo a mostra me pegun

André e seu novo tênis: Adidas Kanadia 4

O Adidas Kanadia foi indicação do Glaucio, que já transcendeu há tempos as corridas exclusivamente no asfalto. O objetivo do Kanadia é propiciar mais aderência nas trilhas. Assim, com alguma criatividade criei um percurso que pudesse avaliar o tênis antes da XC 42K Búzios , afinal dia de prova não é dia de experimentações. Com o test drive positivo, fui para a corrida de revezamento tranquilo. Abaixo os detalhes. Ele não é mais leve , nem mais pesado do que os tênis que estou acostumado a utilizar. As 318g conferem o conforto de outros modelos que já usei, como os Adidas Sequence e Response, além dos Asics Kayano, Cumulus e recentemente o 3020. Seu solado é o diferencial para a corrida de trilha. Ele foi muito útil nos trechos de mata e terra. No asfalto e no cimento não comprometeu, apesar de não possuir tanto amortecimento quanto os tradicionais de asfalto. Mas a nova forma de pisar, com a parte plantar, me garantiu a segurança para utilizar calçados com menos amortecimentos no c

A importância da prova alvo

Fim de ano chegando, muitos treinos, centenas de quilômetros corridos e um punhado de provas. Olhando o ano que passou eu acabei dividindo 2012 em duas partes: o processo de recuperação até a Golden Four Asics (G4) e a decisão de participar da XC 42K Búzios . Após a lesão do ano passado, a estrada foi longa para recuperar a forma. Sinceramente não tenho certeza se ainda estou no mesmo nível de 2011, mas estou satisfeito com o quanto conquistei. Correr a G4 abaixo de duas horas foi gratificante, mesmo não tendo superado minha melhor marca. O motivo da comemoração foi de ordem técnica, pois eu mudei a forma de pisar. Durante o primeiro semestre a dedicação foi toda para a nova pisada, pois o fantasma da bursite no quadril me assombrava. A cada treino uma gota de esperança e outra de confiança. Era o perigo da lesão indo embora. Corri algumas provas para avaliar minha evolução técnica e física, certo de que não estava no melhor de minha condição. A Corrida da Ponte foi um bom exem

Maratona Cross Country de Búzios 2012 - Parte II, por Glaucio Coelho

Considero que esta foi a prova que abriu um novo universo dentro do mundo da corrida para mim. Viajar para correr em contato com a natureza é o meu barato atual. Até ano passado eu nunca havia pensado em correr fora do asfalto, creio que nem sabia direito como isto funcionava, até que o amigo Lito Cordeiro, corredor com algumas décadas a mais de participação em corridas, me chamou para fazer dupla com ele, topei na hora. Fizemos a inscrição e comecei a me empolgar com o desafio logístico que é aliar a corrida (esporte que adoro) e viajar com a família (prazer demais!). A minha única experiência anterior em relação a isto havia sido uns meses antes, a Mini-Maratona de Paraty, que é prova de asfalto. Voltando a Búzios 2011, fiz os primeiros 21 kms, já relatados com estilo e competência pelo André, a única diferença em relação a este ano é que em 2011 quem tentava nos torturar era o calor e este era a chuva e o vento. Este ano o Lito está focado em outros projet