Era uma terça-feira que amanhecia chuvosa. Perfeita para continuar debaixo da coberta, mas o bicho da corrida não me deixou ficar na cama. Levantei no primeiro toque do despertador e rapidamente já estava com tudo pronto para o último treino de tiros antes do Circuito das Estações Adidas, etapa verão.
Seria um treino como outro qualquer se não fosse por um infeliz incidente no trecho de volta para casa. Simplesmente um inconsequente motorista de ônibus, apesar da pista de três faixas completamente vazias no início da manhã, resolveu reivindicar o meio metro de asfalto que eu utilizava para realizar meus tiros. Não foi assustador, pois correndo na contramão eu consigo acompanhar o comportamento dos veículos. E ao perceber o movimento inconsequente do indivíduo que guiava o ônibus, pulei para a calçada. Afetou um pouco a corrida, mas afetou ainda mais minha tranquilidade e civilidade.
Depois de um sem número de palavrões passarem pela minha cabeça e eu deixar um dedo a mostra me peguntei o que leva uma pessoa a jogar um veículo que tem seu peso calculado na casa das toneladas em cima de alguém de carne e osso que não ultrapassa 100 Kg. Se Niterói, ou melhor, se São Francisco não fosse reconhecida por ser uma ótima área de treinos (afinal tem uma ciclovia de uns 2500 metros demarcada na pista da esquerda e um punhado de assessorias esportivas montam suas barracas na orla da praia), eu estaria correndo no calçadão de pedras portuguesas (a pior opção para os joelhos). Mas São Francisco é um local de treinos, então como entender o comportamento ignorante do condutor da grande e mortal arma que confiaram a ele? Perdi a última hora passando o olho no código de trânsito brasileiro e encontrei passagens interessantes que merecem ser compartilhadas.
Art. 29. XII § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Assim como o título deste post é um antigo ditado popular, vou terminar com um outro:
Seria um treino como outro qualquer se não fosse por um infeliz incidente no trecho de volta para casa. Simplesmente um inconsequente motorista de ônibus, apesar da pista de três faixas completamente vazias no início da manhã, resolveu reivindicar o meio metro de asfalto que eu utilizava para realizar meus tiros. Não foi assustador, pois correndo na contramão eu consigo acompanhar o comportamento dos veículos. E ao perceber o movimento inconsequente do indivíduo que guiava o ônibus, pulei para a calçada. Afetou um pouco a corrida, mas afetou ainda mais minha tranquilidade e civilidade.
Depois de um sem número de palavrões passarem pela minha cabeça e eu deixar um dedo a mostra me peguntei o que leva uma pessoa a jogar um veículo que tem seu peso calculado na casa das toneladas em cima de alguém de carne e osso que não ultrapassa 100 Kg. Se Niterói, ou melhor, se São Francisco não fosse reconhecida por ser uma ótima área de treinos (afinal tem uma ciclovia de uns 2500 metros demarcada na pista da esquerda e um punhado de assessorias esportivas montam suas barracas na orla da praia), eu estaria correndo no calçadão de pedras portuguesas (a pior opção para os joelhos). Mas São Francisco é um local de treinos, então como entender o comportamento ignorante do condutor da grande e mortal arma que confiaram a ele? Perdi a última hora passando o olho no código de trânsito brasileiro e encontrei passagens interessantes que merecem ser compartilhadas.
Art. 29. XII § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Assim como o título deste post é um antigo ditado popular, vou terminar com um outro:
"Nada melhor pode dar um pai a seu filho do que uma boa educação"
E pensar que existem cidades neste país que quando um pedestre coloca um pé na rua, o motorista para o veículo para ele atravessar a rua.
Conheça o CBT visitando http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503.htm
Realmente André, acho que principalmente aqui no Rio, as leis de trânsito ou mesmo a civilidade são completamente desrespeitadas. Somente com educação desde a escola que as pessoas começarão a ter consciência.
ResponderExcluirAbraços,
Victor Caetano
corridaurbana.com.br
Victor,
ExcluirPreciso complementar seu pensamento, pois a educação que eu vislumbrei é a que podemos adquirir em casa, em família. Respeito ao próximo é algo que se aprende em casa. Na escola alcançamos apenas formação profissional e cívica.
Obrigado pela visita.
André
André esqueci de escrever, eu estava falando da educação de trânsito. A educação que vc falou está perfeita sua colocação.
ExcluirAbraços.
Em minha época (papo de velho quarentão), tínhamos aulas de Estudos Sociais e Educação Moral e Cívica, para complementar as aulas de História do Brasil e Geral. Será que estes itens ainda existem?
ExcluirAfinal, informação é poder. A não ser que tenhamos "poderosos" muito mal intencionados, presumo que o "sistema" não esteja funcionando com a qualidade devida.
Mas isso é outro papo e para outro blog. Aqui o foco é o bem que a corrida por fazer.
Abraços
André
Atualmente se fala muito em "humanização" no atendimento das pessoas, mas acho que isto vem da educação em casa. Tem a ver com caráter. Foi uma covardia do motorista. Isto pode acontecer em todos os lugares do Brasil.
ResponderExcluirVejam só uma redação, de uma estudante carioca, premiada na Unesco sobre o Brasil.
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3196059
Japa,
ExcluirImpressionante que uma poesia apocaliptica de nossa realidade seja o melhor texto sobre um tema tão importante.
As réplicas também são magníficas, onde concordei e discordei em vários pontos. Fico triste que alguns ainda querem contemporizar, enquanto vidas são perdidas.
Uma parte do texto, que falava sobre a necessidade de transformação me chamou a atenção. Em números não tão precisos temos a seguinte proporção: a cada 100 brasileiros, 1 é rico, 7 compõem as classes B, C e D, enquanto 92 vivem em condições absurdamente precárias. Como a classe média conseguirá realmente intervir se ela é a mais preterida por quem está no alto e abaixo dela? Tá, estou sendo generalista sim, pois a exceção é tão insignificante que não gera uma força de apoio a quem poderia estimular a mudança.
Algumas coisas mudaram, mas é frustrante saber que muito mais poderia estar sendo feito pelos 99 brasileiros deste conjunto.
Obrigado pela visita.
Boas passadas
André