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Mostrando postagens de agosto, 2012

Sempre há o que se comemorar

Na Runners deste mês (edição 47) tive o privilégio de conhecer duas grandes histórias de superação. Talvez os 41 anos recém completados tenham me deixado ainda mais mole, mas sou fã dos happy ends. Uma vez ouvi "Se você não está feliz é porque a história ainda não chegou ao fim" . Como toda boa trama teremos a apresentação do cenário, o desafio e o clímax, onde o personagem principal será levado a superação de seus limites. Foi o que eu vi na história do Cláudio, que iniciou sua história de corredor com mais de 180 Kg e em pouco mais de dois anos perdeu mais de 70 Kg com a corrida, escapando da tal cirurgia de estômago. Outra que foi de arrepiar foi a história do Zé, que vendeu CINCO MIL PICOLÉS para correr a Meia Maratona de São Paulo. Espero que o Sérgio Xavier, do Blog Correria, consiga notícias desta alma de coração grande. E falando em emoção, hoje comemoro meu quadragésimo primeiro inverno. Feliz por ter encontrado na corrida uma ótima ferramenta para vencer medos

Em busca de mais velocidade

Passei o dia pensando em como escrever sobre minha rotina de treinos, já que falar dos treinos intervalados não seria mais uma novidade. Em meio a estes pensamentos passei pelos blogs que normalmente acompanho e encontrei inspiração para redigir este texto. O Léo Mesquita escreveu sobre como devemos realizar os intervalados . A Luciane falou sobre planejamento e paciência para gradativamente melhorarmos nosso desempenho. Por fim, o Bruno que falou sobre motivação . O vídeo que ele incluiu no final do post é fantástico. Talvez por eu ser muito emotivo, fiquei fascinado com mais uma história de superação. É bom saber que podemos desafiar nossos limites e fazer o que antes era impensável. Para falar a verdade, analisando a história de um corredor, vivemos esta experiência todas as vezes que colocamos o tênis no pé e treinamos. Nossa oportunidade para se reinventar e crescer um pouco mais. OS TREINOS Apesar dos intervalados serem a essência do que precisamos para ganhar velocidade,

Meia Maratona Internacional do Rio 2012

CRÔNICAS DE UM CORREDOR PITAQUEIRO Depois de assistir a Maratona Olímpica , talvez eu tenha ficado mal acostumado. Espero que os responsáveis pela transmissão deste evento encarem as linhas abaixo como uma crítica construtiva. Não falarei do óbvio novamente. Não criticarei o horário da largada, quando a temperatura já se mostra uma grande inimiga para o melhor desempenho dos corredores. Faltavam minutos para largada quando me sentei com caneta, papel e um pace calculator em frente da TV . Estava curioso para medir as parciais e a estratégias dos corredores. A experiência com a Maratona das Olimpíadas me motivou a repetir o estudo. Calculei 30 corredores compondo o pelotão de elite  na linha de largada , formado essencialmente de brasileiros e alguns quenianos. Atrás deles outros 19 mil corredores em busca de superação. Bateu uma nostalgia, pois ano passado eu estava lá curtindo muito aquilo tudo. E u esperava uma transmissão a altura, principalmente por ter visto há poucos dias a Mar

O segredo dos corredores quenianos

Passei a semana procurando informações sobre corredores quenianos. Achei matérias que justificavam o desempenho deles o fator genético, outros usaram os treinos em altitude (O Quênia está a mais de 2.000 metros do nível do mar) e por fim a dedicação. A matéria O SEGREDO DOS CORREDORES QUENIANOS de Javier Triana humaniza os feitos dos queniano, mostrando mais uma vez que somos fruto do meio. A necessidade mais uma vez faz o homem. Prova disso foi que o "britânico" Mo Farah, vencedor dos 10.000 metros e o Kiprotich de Uganda fizeram. Eles treinam no Quênia, no High Altitude Training Centre, a capital mundial da corrida em distância - veja reportagem na The Finisher . Com um estilo de vida tão simplório, correr sempre foi algo necessário para cruzar distâncias. Como foi bem dito na reportagem, eram 10 quilômetros para ir para a escola e outros dez para voltar para casa. Assim como a bola está para as crianças brasileiras, a corrida está para as crianças quenianas. A especi

Maratona Olímpica de Londres 2012: uma verdadeira aula

Durante todos esses anos eu nunca havia parado para assistir a prova de encerramento de uma olimpíada. Até pouco tempo correr era algo improvável em minha vida. Eu reclamava para andar no shopping, imagine correr quilômetros a fio. As coisas mudaram. Me tornei um corredor e queria entender a trama deste evento que encerra o maior dos eventos. Depois de pesquisar um bocado, eu fiquei com a impressão de que a maioria dos corredores classificados para correr a Maratona Olímpica fizeram com o tempo em torno de 2 horas e 9 minutos. Só tinham que combinar com alguns africanos para a corrida não ficar sem graça, visto que os 29 melhores tempos de 2012 pertenciam a eles. Depois deles, o Marilson, com a infeliz missão de alcançar alguns daqueles africanos que tinham o tempo 3 minutos melhor do que ele. Em meio a estes pensamentos o pelotão alinhou e largou. Eu não tinha certeza de quantos corredores haviam largado. Pelo menos cinqüenta compunham aquela massa humana que fechou o primeiro quil

Ícones

Há muito alguém me disse: "ou você influencia, ou é influenciado" . Como praticamente tudo em nossa vida é regido por modelos, temos que agradecer a Deus se tivermos a sorte do acaso nos colocar de frente com personagens de valores para nos espelharmos. Tal situação tem muita força quando somos pequenos, quando repetimos tudo que vemos em busca de auto-afirmação. Com o crescimento achamos que somos menos suscetíveis a este movimento de manada. Puro engano. Com a mente ocupada demais para censurar o que nos é colocado, apenas criticamos, mas assimilamos aquela informação. Com a repetição, aquela coisa se integra ao nosso cotidiano, mesmo quando consideramos reprovável, afetando nossas decisões e reações. Então, o que fazer? Minha proposta não é enfrentar o sistema, mas apenas ignorá-lo. Se prestarmos a atenção nas coisas boas da vida poderemos construir um círculo virtuoso é assim afetar nossa maneira de ser. Consequentemente afetaremos àqueles que nos cercam, mas sendo o cí

Aquilo que nos molda

O dia seguinte a Golden Four Asics foi dolorido. Eu teria que consultar um livro de anatomia para listar os músculos da coxa que me lembravam do esforço realizado no domingo. Mas para minha surpresa acordei bem na terça e animado para definir o novo ciclo de treinamento.  Eu pretendia falar sobre ciclos, macrociclo, mesociclos e microciclos, porém achei mais simples lhes apontar uma ótima matéria sobre o assunto, entitulada periodização do treinamento e não tornar este post enfadonho. Como já escrevi outras vezes, o treino é a base para o que faremos no dia da prova. É ele que prepara o corpo para o desafio e não obstante nossas mentes também. A resiliência necessária para cumprir uma planilha de treinos é a mesma que nos faz seguir na prova quando achamos que alcançamos nosso limite. É o treino que nos molda.  Depois de um semestre devoto a um ciclo de treinos voltados para a meia maratona, achei por bem diminuir o volume e tentar ganhar velocidade. Assim, já pensando no ano que