As últimas duas semanas o pouco tempo livre que tive serviu para a preparação da Corrida da Ponte e para a leitura. O texto que me chamou mais atenção nestes dias estava na Runners de abril (edição 43). Parece óbvio que respirar pela boca vai fornecer mais oxigênio aos pulmões, mais vai de encontro ao que aprendi desde de garoto, quando minha avó falava para fechar a boca e respirar direito. Ao mesmo tempo, me lembrei dos anos de natação em que instintivamente respirava pela boca em busca de energia para as braçadas. Como disse, parece óbvio, mas passo despercebida esta alternativa técnica para captar mais "combustível" para correr. Nas próximas semanas trarei minhas impressões desta técnica.
DIÁRIO DE UMA MEIA MARATONA, CAPÍTULO 7
Os dias que vêem após uma prova normalmente são preenchidos por uma fadiga muscular, mas desta vez até que a recuperação foi rápida. O treina da quarta, o primeiro depois da corrida, foi leve e sem complicações. Confesso que não me prendi rigorosamente ao Polar para delimitar meu ritmo. A freqüência cardíaca média ficou levemente acima do limite da zona, mas era um ritmo que eu conseguia praticar com conforto.
Sábado não foi diferente. Uma hora para soltar a musculatura e manter o fôlego para oa última parte do ciclo de treinos para a Asics Golden Four.
MUSCULAÇÃO E TREINOS NA ESCADAS
É um fato incontestável que o reforço muscular conciliado com exercícios educativos aceleraram minha recuperação. A Corrida da Ponte me mostrou que o corpo estava forte, porém me faltava fôlego! A evidência para esta conclusão estava no Polar. Minha FC média ficou em 93%! Eu queria acelerar, mas não tinha mais combustível. Os músculos ardiam carentes de energia. O corpo se mexi a base da vontade, literalmente.
Assim, manterei os treinos na escada e a musculação junto com as corrida. O desafio será descansar para conseguir cumprir com esta missão.
SUPERAQUECIMENTO
Há alguns anos esta era uma cena não muito rara nas corridas de Fórmula 1. É certo que uma infinidade de motivos podem levar o carro a não aguentar com a missão a ele atribuída e o mesmo pode ser dito ao corredor.
Aproveitando que estamos às vésperas da Corrida da Ponte 2011, gostaria de dividir com vocês uma opinião sobre superaquecimento. Faz algum tempo que venho pesquisando sobre o impacto do calor em nosso desempenho e percebi que existe bastante material sobre o assunto.
O interesse veio por causa de um hábito que carrego desde que comecei a treinar na rua. Eu sempre levei uma garrafa com meio litro d'agua e a cada 15 minutos bebo um tanto e jogo outro na cabeça para manter a sensação de conforto durante a atividade. Mas eu vejo que a maioria ignora tal prática e é algo que me deixou encucado.
Muita gente acha que o superaquecimento só ocorre por causa dos dias ensolarados e com temperatura alta. Errado! A temperatura alta não é o único responsável pela queda de desempenho ou mal esta em um corredor. Não se hidratar ou se refrescar durante os treinos pode afetar a musculatura e aumentar a freqüência cardíaca, em detrimento da desidratação e da concentração de lactato. Também compromete a recuperação do corpo após treino nestas condições. Em situações extremas pode-se alcançar a hipertermia ou insolação, responsáveis por grande mal estar ou mesmo levar a morte por danos nos órgãos internos. Literalmente, a pessoal começa a cozinhar por dentro quando sua temperatura corpórea alcança os 40 graus.
Se você está se perguntando o motivo pelo qual toquei neste assunto, pergunte a alguém o que foi correr a provas no verão, ou em temperaturas superiores a 30 graus. É preciso prudência para que a atividade física continue proporcionando prazer e saúde.
PIT STOP
As dores que eu vinha sentindo na canela me fizeram refletir sobre os motivos que provocaram este temeroso quadro. Preocupado com a forma de execução do exercício, acabei esquecendo do básico. O Asics Cumulus alcançara 600 Km rodados outro dia. Assim Asics Kayano entrara no batente na semana que antecedera a Corrida da Ponte. Como o desconforto sumiu, segui com ele para a prova.
Às vezes o mais simples e óbvio é o que resolve. Cada vez mais eu entendo o quanto a nossa percepção é importante em nosso desenvolvimento físico e técnico, seja nos treinos ou nas provas. É preciso ouvir o corpo para evitar lesões ou exageros, que podem nos deixar de molho. Eu já passei um tempo parado e hoje fico atento a qualquer alteração que eu venha a sentir.
DIÁRIO DE UMA MEIA MARATONA, CAPÍTULO 7
Os dias que vêem após uma prova normalmente são preenchidos por uma fadiga muscular, mas desta vez até que a recuperação foi rápida. O treina da quarta, o primeiro depois da corrida, foi leve e sem complicações. Confesso que não me prendi rigorosamente ao Polar para delimitar meu ritmo. A freqüência cardíaca média ficou levemente acima do limite da zona, mas era um ritmo que eu conseguia praticar com conforto.
Sábado não foi diferente. Uma hora para soltar a musculatura e manter o fôlego para oa última parte do ciclo de treinos para a Asics Golden Four.
MUSCULAÇÃO E TREINOS NA ESCADAS
É um fato incontestável que o reforço muscular conciliado com exercícios educativos aceleraram minha recuperação. A Corrida da Ponte me mostrou que o corpo estava forte, porém me faltava fôlego! A evidência para esta conclusão estava no Polar. Minha FC média ficou em 93%! Eu queria acelerar, mas não tinha mais combustível. Os músculos ardiam carentes de energia. O corpo se mexi a base da vontade, literalmente.
Assim, manterei os treinos na escada e a musculação junto com as corrida. O desafio será descansar para conseguir cumprir com esta missão.
SUPERAQUECIMENTO
Há alguns anos esta era uma cena não muito rara nas corridas de Fórmula 1. É certo que uma infinidade de motivos podem levar o carro a não aguentar com a missão a ele atribuída e o mesmo pode ser dito ao corredor.
Aproveitando que estamos às vésperas da Corrida da Ponte 2011, gostaria de dividir com vocês uma opinião sobre superaquecimento. Faz algum tempo que venho pesquisando sobre o impacto do calor em nosso desempenho e percebi que existe bastante material sobre o assunto.
O interesse veio por causa de um hábito que carrego desde que comecei a treinar na rua. Eu sempre levei uma garrafa com meio litro d'agua e a cada 15 minutos bebo um tanto e jogo outro na cabeça para manter a sensação de conforto durante a atividade. Mas eu vejo que a maioria ignora tal prática e é algo que me deixou encucado.
Muita gente acha que o superaquecimento só ocorre por causa dos dias ensolarados e com temperatura alta. Errado! A temperatura alta não é o único responsável pela queda de desempenho ou mal esta em um corredor. Não se hidratar ou se refrescar durante os treinos pode afetar a musculatura e aumentar a freqüência cardíaca, em detrimento da desidratação e da concentração de lactato. Também compromete a recuperação do corpo após treino nestas condições. Em situações extremas pode-se alcançar a hipertermia ou insolação, responsáveis por grande mal estar ou mesmo levar a morte por danos nos órgãos internos. Literalmente, a pessoal começa a cozinhar por dentro quando sua temperatura corpórea alcança os 40 graus.
Se você está se perguntando o motivo pelo qual toquei neste assunto, pergunte a alguém o que foi correr a provas no verão, ou em temperaturas superiores a 30 graus. É preciso prudência para que a atividade física continue proporcionando prazer e saúde.
PIT STOP
As dores que eu vinha sentindo na canela me fizeram refletir sobre os motivos que provocaram este temeroso quadro. Preocupado com a forma de execução do exercício, acabei esquecendo do básico. O Asics Cumulus alcançara 600 Km rodados outro dia. Assim Asics Kayano entrara no batente na semana que antecedera a Corrida da Ponte. Como o desconforto sumiu, segui com ele para a prova.
Às vezes o mais simples e óbvio é o que resolve. Cada vez mais eu entendo o quanto a nossa percepção é importante em nosso desenvolvimento físico e técnico, seja nos treinos ou nas provas. É preciso ouvir o corpo para evitar lesões ou exageros, que podem nos deixar de molho. Eu já passei um tempo parado e hoje fico atento a qualquer alteração que eu venha a sentir.
Esse lance da respiração tem uma resposta quase natural. Eu fico tentando inspirar pelo nariz e expirar pela boca, mas quando o bicho pega, e você não sabe mais o que fazer para buscar energia, acaba inspirando e respirando pela boca. É desesperadamente natural. Quanto à musculação não há dúvida, é muito importante. Sugiro trocar o treino das escadas por treinos de tiros. Velocidade é tudo! Abcs e bons treinos!
ResponderExcluirLeo,
ResponderExcluirObrigado pela visita. Mas você tem razão, pois quando a situação aperta ignoramos essa coisa de inspirar pelo nariz. A minha dúvida é se teríamos mais gás no final se desde o início praticássemos a respiração pela boca.
Abs
André
Disposto a degustar diferentes tipos de insetos? Por sinal só expirar já me rendeu bons engasgos...
ResponderExcluirParabéns pelo blog! Adicionado nos feeds!
Ótima observação, Felipe.
ExcluirAgradeço a visita e a participação na discussão. A situação não deixa de ser engraçada e factível para qualquer um :-)
Boas passadas!
André
Grande André !!
ResponderExcluirTemos que ficar ligado em qualquer sinal de nosso corpo ., poís ele é uma engrenagem e se estiver qualquer coisa errada ele dá sinal !!
Parabéns pela postagem muito boa !!
Abraçoss
Romildo
Obrigado pela visita e pelo elogio, Romildo.
Excluir"Ouvir" o corpo eu considero o maior dos desafios. É preciso escovar muito asfalto antes de compreender o funcionamento do nosso corpo, mas estamos aí.
Vamos que vamos.
Até a próxima.
André, acho que cada pessoa tem o seu método de corrida; eu prefiro (e já me acostumei), durante 80% da corrida inspirar pelo nariz e expirar pela boca, e no restante - gás total - só consigo respirar pela boca, devido ao ritmo com intensidade forte. Vai depender também de como estou me sentindo no dia, e da questão climática também; se tiver muito sol é complicado...
ResponderExcluirComo diria meu antigo professor de química, sobre as mesmas condições naturais de temperatura e pressão (CNTP) tendemos a apresentar o mesmo comportamento. Particularmente testei o método nos últimos dois treinos, mas só percebi maior suporte nos trechos de maior intensidade. Minha dúvida é se a prática auxilia a consumir menos nossa reserva energética quando realizada nos trechos de menor intensidade. Fora isso, não identifiquei nada de novo.
ExcluirObrigado pela visita.
Boas passadas.
André
Boa noite ...pratico o treino de corrida com o tipo respiracao 2:1 (duas passadas inspirando pela boca e uma passada expirando pela boca tb) acho mto eficiente para os meus treinos ... grande abraco
ResponderExcluirObrigado pela sua visita. Os fundistas normalmente praticam 3:1. Você corre provas curtas (5K)?
ExcluirBoas passadas!