Eu resolvi escrever este post após a leitura do artigo da Patrícia Julianelli na Runner's #36 encabeçado pelo título NO LONGO PRAZO. A reportagem me fez lembrar da situação que algumas mulheres (mentira; da minha avozinha a atendente do balcão da padaria; praticamente todas) desenvolvem pelo menos uma segunda personalidade durante as crises pré-menstruais. Nestes já muitos anos de vida já assisti todas, ou quase todas as facetas que um ser humano pode assumir. A dengosa, a meiga, a chorona, a estressada, a irritante (digo irritada), a persseguida, a "estou gorda", a "estou feia", a prostrada, a cansada e a mais clássica e temida por todos os homens: a homicida. Que homem nunca olhou nos olhos de uma mulher as veias palpitando de uma raiva irracional por um motivo irrelevante por causa dos tais hormônios da pré-menstruação. Elas mais parecem lobisomens (ou seu gênero feminino seja lá qual for) sedentos por sangue... seu sangue por sinal. Mas não escrevo para fazer piada ou pouco caso de uma situação que praticamente intrínseca ao ser feminino, mas para falar o quanto a corrida pode contribuir para coibir este momento de desequilíbrio na mulher.
Engana-se quem acredita que a mulher opta em iniciar uma atividade física para ter mais qualidade de vida. A maioria entra na ralação pelo mais sublime e delicioso motivo: o desejo de comer doces. Mas doces engordam e isto vai de encontro a mais saudável vaidade que elas podem desenvolver. Não por nós, desejados, ficantes, namorados ou maridos (nesta ordem mesmo), mas para manterem suas posições de poder neste mundo feminino. Falo de algo além dos elogios masculinos, falo de assistir o reconhecimento de uma rival.
A Patrícia Julianelli deve estar estupefada com o texto, mas vou concluir. Prometo. A corrida não transforma a mulher apenas fisicamente. Se a mulher for capaz de incluir em sua rotina semanal aos menos três dias de treinos (que não ultrapassam 1 hora), ela descobrirá que perder peso será o menor dos benefícios. Além do corpo esbelto e modelado, ela perceberá que a presença da endorfina em seu corpo auxiliará na redução (quando não dará um fim) nas múltiplas personalidades com quem precisa conviver alguns dias por mês. Permitirá uma vida gastronômica sem ( ou quase) culpa e uma mente ainda mais afiada para esta vida multi-facetada que as mulheres modernas se propuseram a viver. Aqui deixo o protesto, o elogio e o convite.
Boas passadas!
Nota importante: o texto acima não tem cunho científico, ou mesmo se apoia em teste empíricos. São percepções pessoais e recortes de informações disponíveis em revistas de corrida e sites na Internet com uma pequena dose de implicância :-)
Adorei o texto!!!
ResponderExcluirPriscila
Obrigado pelo elogio, Priscila. É legal rever antigos textos e perceber que estes ainda são atuais.
ExcluirVolte sempre.