Na O2 de outubro Marcello Butenas traz a tona um
assunto que correr nas veias de qualquer competidor: o quanto eu posso ser
competitivo?
Ele aborda com detalhes o quão a genética
influência no desempenho dos corredores de longas distâncias, classificando-nos
em alguns níveis: (1) a maioria dos seres humanos que se tornam bons corredores
tem VO2 abaixo de 50 ml/kg/min, (2) os que frequentam a elite de suas faixas
etárias tem VO2 até 60 ml/kg/min, (3) os que brigam para vencer em suas faixas
etárias tem VO2 até 70 ml/kg/min, (4) e os excepcionais do mundo da corrida
chegam a um VO2 de 86 ml/kg/min. Mas apesar da vantagem genética, os resultados
só veem com os treinos e disciplina. Fato.
Em algum momento no passado eu aferi meu VO2 e
tenho certeza que havia ficado abaixo de 60 ml/kg/min. Possivelmente abaixo dos
50 ml/kg/min. Minha luta como quarentão não é pelas primeiras colocações, mas
pela qualidade de vida. É preciso muita disposição para vencer o cotidiano e a
disciplina de corredor amador é que me garante a força (física e mental) para
tal. O planejamento de cada novo ciclo começa no final de uma prova. A semana
de treinos leves serve para encaixar os treinos nas semanas que restam para
próxima prova, levando em conta os desafios da vida. É preciso ser razoável
quanto a carga de treinos a se pode submeter, pois a maior parte dos dias é de
labuta e com noites eventualmente curtas. É preciso equacionar a ambição com a
disponibilidade.
Seja você aquele que levanta cedo (ou o que dorme
tarde) para correr, lembre-se que o maior desafio é estar preparado para viver.
A medalha simboliza a vitória sobre os desafios.
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