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André e seu novo tênis: Adidas Cushion

1400 Km tenho a falar do Adidas Cushion, dos treinos para a Golden Four e do clipping das duas últimas edições da Revista O2, em meio a um furacão que se tornou minha vida. Uma das coisas mais chatas que existem neste mundo é uma mudança. Parou nossas vidas e parou este blog também. Caixas e mais caixas para lhe lembrar de quanta história você deixou acumular em gavetas, armários e prateleiras. A parte boa é que esta é a chance perfeita para você se desfazer de objetos que não tem mais serventia no dia-a-dia. É a chance de testar crenças como sugerida no Feng Shui quando se fala do Princípio do desapego e deixar as coisas irem. Principalmente as roupas, nesta época de frio.
Mas falando de correr, tema deste blog, o longão de ontem foi para registrar um novo trajeto tão ou mais agradável do que o último. Descer a Ary Parreiras, um corredor de árvores, até a Praia deu uma nova perspectiva para o bairro. Gostei. Ao retornar, esta mesma avenida suavizou os últimos dois quilômetros em direção a nova morada.
André e seu tênis. O Adidas Cushion foi minha primeira decepção em matéria de tênis. Vale lembrar, que o comportamento do tênis oscila conforme peso do corredor e as condições a que são submetidos o calçado. Porém, o Cushion não pegou chuva, lama, nem muito menos foi condicionado de forma incorreta e já apresenta problemas de costura com pouco mais de 200 Km rodados. Com muita humildade voltou a este post quase 200 Km depois para dizer que o tênis é forte e muito confortável. Digo que ele não foi uma empecilho para eu alcançar meus melhores resultados. Ele suportou duas 1/2 Maratonas e continua em uso. A culpada pela deterioração do forro no dedão foi a meia. Abandonei as antigas meias e em posse de meias Asics, evitei que o buraco surgisse. Este comentário será incluído também no post referente aos 1600 Km. Seu antecessor o Adidas Sequence suportou bravamente uns 600 Km, antes de ficar desconfortável. Porém suas costuras e aparência permanecem irretocáveis, tanto que transformei-o em tênis de passeio. O Asics Kayano continua sendo imbatível. Massacrei-o por mais de 800 Km até sua costura arrebentar no dedão em um buraco que só poderia ser fechado com uma tampa de garrafa pet. Enfim, possivelmente nas próximas semanas decretarei a falência do Cushion. Agora começa a busca por um novo par de tênis.
Falando um pouco mais da recuperação da Eco Run. A semana pós Ecorun foi diferente de qualquer outra. Os treinos leves para auxiliar na recuperação da musculatura não foram tão eficientes, pois não consegui complementar o processo com boas noites de sono. Na terça um trote de pouco mais de 5 Km. Na quinta precisei de mais 20 minutos para fechar o treino de 9 Km em ritmo leve. Sábado eu estava tão cansado que adiei o treino para o domingo, mas mesmo assim não deu. Com pouco mais de 3 Km quebrei. A pulsação estava anormalmente alta e cansaço do corpo persistia em se fazer presente. Resignado, voltei andando os 3 Km. Se tivesse com dinheiro pegaria um ônibus, tamanha frustração. Nesta segunda as coisas já apresentaram melhora com a noite bem dormida de domingo. Pensei até em correr na parte da manhã, mas aceitei o conselho de minha esposa e dormi um pouco mais para enfrentar a segunda de trabalho bem. Terminei a jornada com energia suficiente para o treino. Os quase 9 Km foram cumpridos em ritmo moderado. Repeti a estratégia e corri a noite na quarta-feira também. Depois de tanta frustração, realizar um intervalado com intensidade foi animador. Ontem foi dia do primeiro longão pós Eco Run e o único pré Golden Four. Fui conservador, pois queria apenas concluir o treino. Foi o primeiro longão em três semanas e sinceramente achei que havia quebrado com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo e as noites mal dormidas. Se não fosse pelo destino ter reunido tantas coisas em poucos dias, cheguei a pensar ser possível correr minha primeira Meia Maratona sub-2h, mas me contentarei em concluí-la correndo... o tempo todo.
Revista O2 #97 de aniversário. Falar desta edição em especial é algo complicado. Deveriam ter anunciado que receberíamos uma enciclopédia do corredor. Literalmente temos todos os assuntos relevantes naquelas 172 páginas. Matérias interessantes e importantes para quem está começando, ou para quem está em evolução há algum tempo. Matérias que merecem ser revistas ocasionalmente para lembrar sobre boas práticas e dicas para complementar esse nosso vício chamado correr. Deixo aqui registrado meus parabéns à O2 por um trabalho tão bonito e rico. A diagramação da revista e as fotos deram um Q mais a leitura. Foi bom gastar alguns momentos a mais analisando as fotos e a programação visual das matérias.
Adicionar legenda
Revista O2 #98. Para começar a matéria INGESTÃO DE PROTEÍNAS, assinada por Reinaldo Bassit. Ele fala da importância da ingestão de proteínas e principalmente por parte de nós corredores. É fato que parte da energia exigida pelo corpo durante treinos e provas vêem da quebra de proteínas, digo, daquilo que compõe nossos músculos normalmente. Tal consumo vai de encontro ao que mais desejamos - o desenvolvimento muscular - podendo nos trazer prejuízos em nível de desempenho, se não fizermos a reposição proteica corretamente. Logo, estamos falando uma vez mais de dieta - alimentação balanceada - que normalmente não conseguimos manter em detrimento da correria do trabalho. Por experiência tive que adotar suplementos, pois além dos quilos que desejava perder, outros mais estavam fugindo. Estar abaixo do peso também trás efeitos colaterais, por devemos dedicar atenção a reposição. Nos últimos dois meses iniciei a utilização do BCAA e percebi que me recupero mais rapidamente dos treinos e um aumento em meu desempenho. Vale o empenho, mas faça com acompanhamento de um especialista.
A próxima a receber elogios é a ESPORTE COLETIVO do Marcos Caetano, pois gostei do seu ponto de vista sobre os benefícios indiretos de treinar com uma assessoria esportiva. O trabalho coletivo gera energia e motivação para te levar a resultados além do sonhado.
SOBERANOS fala sobre a hegemonia africana ou de seus descendentes em todas as provas de corrida em pista e de rua. Rechaça a tese de que sejam fatores genéticos que façam os africanos superiores nas provas de corrida. Foi muito coerente ao dizer que o meio influencia o ser, digo, as condições ambientais e o fato da corrida ser um dos esportes mais praticados em países Quênia e Etiópia potencializa o surgimento de talentos. Mais feliz ainda ao dizer que para se criar um branco capaz de vencer os africanos, basta criá-lo nas mesma condições, correndo desde os quatro anos, a 2400 metros acima do mar, em treinos coletivos com os ídolos... Enfim, levá-lo para a África e fazê-lo um corredor de elite. Vale a leitura.
COERÊNCIA CARDÍACA assinada por Nuno Cobra também merece menção. Respirar corretamente é essencial ao rendimento, pois a oxigenação é alicerce para um bom rendimento. Em um mediquês ela fala como a coisa funciona.
Tem mais, porém eu faria deste post um livro.
Abraço e boas passadas.

Comentários

  1. Andre,
    esse seu blog é leitura obrigatória! parabéns! também vou na Asics, vamos tentar nos ver.
    abraço,
    Sergio
    corredorfeliz.blogspot.com

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  2. @Sérgio
    Fiquei feliz em saber que correrás a Asics. Se seu modesto pace for na casa de 5'30" a 6' por Km talvez eu consiga acompanhá-lo. É minha primeira meia (mas você já sabe). Seria legal lhe conhecer e ter alguém para apoiar o ritmo. A "tropa" de Golden Four em busca de uma Meia sub-2h.
    Como meu blog tem moderação, se puder me passar telefone e email para contato...
    Forte abraço e boas passadas.

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  3. Olá...

    Tb tenho um blog sobre corridas, o just Run! Se quiser, dá uma passaidnha por lá e se gostar, seja um seguidor...Eu vou sempre dar uma bizoiada por aqui...rs


    abraços e ótimos treinos

    www.lucy-justrun.blogspot.com

    ResponderExcluir
  4. @Luciane
    Obrigado pela visita e elogios. Visitarei seu blog com o maior prazer. Mas me diga como chegou ao meu humilde blog?
    Beijos e boas passadas.

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