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RESENHAS: Revista Runners #54

Vou começar esta resenha com a matéria da capa. Concordo com o Mauricio Barros quando ele nos convida a abrir a revista direto na página 66. É um verdadeiro guia para os iniciantes começarem muito bem a prática da corrida, pois esta aborda todos os pontos essenciais do "processo de transformação". Avaliações medicas, planejamento dos treinos e exercícios complementares de fortalecimento. A verdadeira tríade do poder.
Mas a matéria atende também aos veteranos, pois se analisarmos com cuidado nossa rotina, encontraremos algo para melhorar algo.
As matérias FORÇA CASEIRA e NA PRESSÃO complementam o guia com a apresentação de exercícios funcionais e controle de ansiedade respectivamente.

EFEITO ESTUFA
Como sempre , me surpreendo com as reflexões da Patricia Julianelli. Ela joga no ventilador a ineficácia do poder transformador do estado (na minha humilde opinião, claro). Quando pequeno eu  ouvia que a fome era um problema no Brasil. Trinta anos depois a obesidade é o novo problema, pois neste tempo o governo conseguiu criar mecanismos para distribuição da renda para a massa, só não a ensinou utilizar corretamente.
Hoje a obesidade é praticamente tratada como uma epidemia e a mortalidade a partir dela tem números assustadores. Coisas do tipo 3 em 4 crianças com sobrepeso continuarão obesas quando adultas. O resto da história todo mundo já conhece. Nossos hábitos nos definem. Não tem jeito. Quem adota um estilo de vida saudável compartilha a felicidade. Então por que esperar pelo pior para se engajar a uma rotina de exercícios?

NO COMANDO
A coluna TREINO fala da relação entre treinos e resultados. Fala da importância das planilhas e do diferencial que um treinador pode promover com os treinados direcionados para você.
Se você está começando eu lhe diria para ter fé, pois tudo isso realmente funciona. A pergunta é quando você deve se expor a tantas regras. Afinal você está começando, tentando incluir a corrida na sua rotina e descobrir o prazer deste esporte.
Por falta de opção e conhecimento eu comecei sozinho. Eu, meu tênis e a assinatura de uma revista de corrida. Sempre fui a fundo nas coisas que faço e com a corrida não foi diferente. Cresci com a prática e com a leitura, pois informação é peça chave no auto-didatismo. Mas não vou me prolongar neste tema, pois se você está lendo estas linhas já compreendeu o poder da informação.
O Marcos Paulo Reis, na coluna NO PIQUE, ratifica a questão. A prática orientada do exercício é a diferença entre se obter saúde e alegria, ou uma contusão. Assim, desejo uma boa leitura à você.

O PICO DA MARATONA
O Mário Sérgio trás uma estatística americana para análise. Segundo estudos, o número de corredores dispostos a correr uma maratona parece chegar a seu limiar depois de vinte anos crescendo. Sinceramente, não me surpreende, pois neste momento eu vivo as dificuldades de se treinar para uma maratona, sendo uma pessoa comum, que trabalha, estuda e com família. É preciso muita persistência para cumprir com a agenda. Eu estou encarando esta prova como minga viagem a lua. Comparo coma NASA, pois dificilmente farei esta jornada novamente. Eu faço parte da massa crescente de corredores de meia-maratona. Mas isso são percepções e amanhã a vida pode ser outra e o tempo não se tornar um impeditivo para novas viagens a lua.

SOBREVIVER NÃO É O BASTANTE
A história de Alison Delgado poderia ser facilmente enredo para um filme de drama (com final feliz). Trata-se da história de uma corredora que desde o colegial tinha vocação para a corrida. Na faculdade, apesar de ter decidido pela medicina como profissão, ainda arrumou tempo para competir e com destaque nas maratonas.
Casou-se e apaixonou-se pelo ciclismo, esporte preferido do marido. E num dos treinos de ciclismo sua vida ficou por um fio. Atropelada por um carro, sofreu fraturas múltiplas, inclusive na coluna, além de hemorragia cerebral. Para evitar sequelas teve o coma induzido, antes de ser submetida as cirurgias no cérebro para cuidar de alguns aneurismas.
Graças a Deus, os médicos  equipamentos e seu condicionamento de atleta, Alison em pouco mais de um ano estava restabelecida. A única sequela do acidente foi a redução de força da sua mão direita. Obstinada, voltou a correr já na sua primeira maratona baixou seu recorde pessoal em dois minutos! Fez incríveis três horas e um minuto. 
Fecho a resenha com uma frase da própria Alison:"Não desista nunca, porque, se você se esforçar, pode conquistar coisas incríveis".

NOTAS FINAIS
A revista trouxe várias sugestões para variar o cardápio, levando em consideração a dieta saudável. Para quem gosta de cozinhar, algumas receitas são bem interessantes.
Boas passadas!

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