Era uma manhã como outra qualquer.
Enquanto eu concluída os preparativos pistas mais um treino, assistia a céu
ganhar tons mais claros.
A quarta semana de oito, na preparação para Athenas 10K, chegava ao ápice do
primeiro microciclo com treinos de tiros de média duração. Era hora de avaliar
o ritmo. Por se tratar da primeiras prova do ano, o objetivo é modesto: correr
abaixo de 28 minutos. O que equivale ao meu ritmo de meia maratona.
Então lá fui eu rua a fora ainda pensando no percurso que faria. Quando o
aquecimento chegava ato fim decidi ir para São Francisco. O terreno plano
ajudaria muito a desenvolver velocidade. Configurei o monitor para trabalhar
dentro da zona 4 e fui para o primeiro dos quatro tiros.
Terminei o primeiro tiro no meio da avenida que margeia a orla. Feliz com o
resultado do primeiro tiro, respirei fundo por instantes e segui para o tiro.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas. Quando eu já alcançava a grande curva
em direção a Charitas, a panturrilha direita deu sinais de cansaço, como
já acontecera em outras oportunidades. Concentrado eu ouvia apenas minha
respiração, enquanto procurava a melhor técnica para as passadas. Olhei para a
baía para curtir o visual e de repente BOOM! A panturrilha direita travara.
Parecia que existiam caroços de feijão cru entre as fibras musculares. Manquei
até o banco de cimento achando que poderia ser cãibra, mas havia algo
diferente. Algo mais presente, latejando... incomodando. Tentei alongar de
leve. Nada. Nem para mais, nem para menos. Lembrei onde estava e comecei a
mancar de volta para casa. Eu estava a pelo menos um quilômetro de um ponto de
ônibus.
Se houve algo de bom nesta situação foi
que gradativamente foi ficando mais fácil caminhar e quando vi já estava no
ônibus. Pouco depois eu já estava de banho tomado e diclofenaco passado
na perna. Foi colocar a roupa e seguir para o trabalho. No caminho falei com
meu irmão, que sobrou uma contratura. Pela forma como reagi ele disse ser uma
contratura leve. Que com antibiótico e gelo eu estaria curado antes da
ressonância ficar pronta. Infelizmente a preparação para a prática caiu ser
interrompida por uma semana. Terei que rever a intensidade do treino inclusive,
antes de poder calçar o tênis novamente.
Lembrei do Joseph Climber e sorri (assista, pois sempre vale a pena rir). Minha primeira lesão muscular em quase quatro
anos de corrida. Impossível imaginar isso depois de passar ileso pelos pesados treinos de uma maratona
e me machucar em treinos de média intensidade para uma prova de 5 km.
A vida... é uma caixinha de surpresas.
Boas passadas.
Oi, André.
ResponderExcluirMesmo treinando corretamente não somos ilesos de ter uma lesão. Boa recuperação pra ti e boa preparação para o seu objetivo. Sempre achei treinos para prova de 5km mais intensos, afinal se espera mais "explosão".
abraço
Helena
Blog Correndo de bem com a vida
@Correndodebem
Pois é, Helena.
ExcluirA vida é assim, mas vamos que vamos. Domingo está quase ali.
Obrigado pela visita.
Abraço