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Li e gostei na Runners World Brasil de Janeiro - #27

Gosto muito blog Correria, do Sérgio Xavier Filho e muito da Carta ao Leitor da revista de janeiro. Sua percepção sempre otimista dos eventos e pessoas é muito bem vinda neste mundo de poucas notícias boas e interessantes. 
A matéria Múltipla escolha é muito boa para quem adora competir. O autor diz que traçar objetivos é muito importante para não nos desmotivarmos, mas quando a vida nos pregar uma peça e não for possível cumprir com o planejado é muito importante estar preparado para reavaliar nossos resultados.
Alerta vermelho, de Beth Dreher, é uma matéria que passa dicas interessantes para se treinar no calor. Fala sobre o melhor horário para a prática da corrida, hidratação, filtro solar, as horas de descanso, além de tratar de assuntos desconfortáveis como cãibras, exaustão e hipertemia por causa deste caldeirão que se tornou o nosso verão. De todos as hipóteses, três me chamaram a atenção: o calor, horas de sono e a sensibilidade alérgica.
O calor. É um fator que podemos contornar com treinos no início da manhã, ou após o anoitecer. Mas se você precisa se adaptar a alta temperatura para correr uma prova, a recomendação foi aumentar gradativamente o tempo e o esforço dos treinos no horário do calor. Ainda não é o meu caso.
Noite de sono. O recomendado é para a maioria são oito horas de sono e o maior desafio neste mundo moderno é conseguir estas horas. Seja pelo trabalho, pelos estudos, ou pelo filho pequeno que ainda não dorme a noite inteira. O tempo que damos para o corpo se recuperar é determinante para nosso desempenho. Enfim, durma mais para correr melhor.
Alergia. Espero que você não seja alérgico, ou tenha problemas com asma ou bronquite. Nós alérgicos já começamos o jogo perdendo. As alergias respiratórios comprometem sua capacidade de oxigenar o corpo, logo os músculos. Com menos oxigênio, menos energia. Com menos energia, menor desempenho, além de termos que aturar cãibras, dolores musculares e assistir a fadiga nos tomar mais rapidamente. Eu, depois de meia vida, identifiquei alguns alimentos que funcionavam como gatilhos para minha crise, além da poeira, cheiro forte e exposição a alternâncias bruscas de temperatura. Espero que você também consiga identificar e isolar os catalizadores de suas crises.
A coluna Oxigênio do Mário Sérgio Andrade Silva veio este mês com o título Desacelere. Ela fala sobre a dificuldade para se manter um ritmo de treino, pois a vida sempre nos impõe imprevistos que nos impedem de manter a intensidade e frequência dos treinos. Nada de novo, pois este foi o cerne dos últimos meses neste blog. O alerta é para diminuir e não parar de treinar. Muitas vezes a motivação cai, pois sabemos que com os treinos comprometidos, as metas e superação de marcas não ocorrerá e o desânimo muitas vezes fala mais alto e sonegamos os treinos. Mas sonegar aos treinos é também abrir mão de um patamar de saúde e disposição. Como já alertei muitas vezes, correr é acima de tudo ganho de equilíbrio físico e mental para vencer o desafio de nosso dia a dia. Nunca desista de sua saúde e não se esqueça que você (se for como eu) não vive para correr, mas corre para viver bem.
A coluna Sem pressa do Antonio Patra veio com uma boa dose de bom humor. Ele adianta um assunto interessante para esta época do ano: o vestuário para o inverno. Ele expõe a extinção do velho moletom e a chegada dos tecidos sintéticos, leves e com alta eficiência no que se refere a espantar o frio. É um assunto que merece mais atenção e pretendo falar mais no futuro.
Menos é mais?, assinada por Bob Parks, talvez esteja antevendo o futuro do mundo dos calçados. Esta reportagem fala sobre estudos na área da fisiologia do corredor, sugerindo que os tênis com amortecimento tem participação nas lesões. O excesso de amortecimento afeta a forma como se pisa, fazendo com que o esforço sobre o calcanhar seja acima do normal. A reportagem explica detalhadamente essa coisa toda, a importância da técnica para o corredor e o surgimento de um novo tênis chamado minimalista. Muito mais fino que os tradicionais, com menos amortecimento e mais leves. Quem usou conseguiu melhorar o desempenho nas provas, mas fica o alerta: mudar drasticamente sua forma de pisar não fácil e se feita sem orientação pode promover lesões por estresse. Vale a leitura da matérias antes de cair na tentação ou neste modismo.
Para terminar, preciso falar sobre a matéria O ritmo da discórdia. A RW promoveu um debate entre dois especialistas sobre a utilização da música nos treinos e provas. Um contra e outro a favor da utilização da música. Depois de ler e refletir uma frase me veio a cabeça para expressar meu sentimento: use com moderação. A música faz diferença dos treinos de baixa e média intensidade, diminuindo a sensação de fadiga e uma possível monotonia nos mais novos. A questão é tão contundente que a matéria foi aberta ao público que acompanha a revista na Internet. Veja em http://runnersworld.abril.com.br/materias/discordia/.
Vi e gostei

Comentários

  1. Olá André, gostei muito do seu post.
    Bons treinos,
    Boas energias,
    Simbora
    @marlipalugan
    www.marlipalugan.blogspot.com

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  2. Obrigado, Marli. Adoro seus posts também.
    Boas passadas :-)

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