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Aquilo que nos molda


Esta semana eu gastei um tempo surfando no LinkedIn, o “facebook” corporativo, pois os artigos publicados ali são muito interessantes. Particularmente, tudo que tange o comportamento humano me chama a atenção e foi quando me deparei com um texto falando o desenvolvimento da inteligência emocional. Porém, o que me chamou a atenção foi a parte que ele explicou o funcionamento do cerébro e as novidades que a ciência trouxe recentemente para o assunto.
O cara inicia o texto falando sobre o mito de que as células nervosas não se reproduzem e são finitas. Isso foi verdade até recentemente, quando um centro de pesquisa especializado em mapeamento da atividade cerebral rastreou uma célula se reproduzindo no cérebro. A partir da célula mãe foi visto uma divisão celular gerando uma célula macho e outra fêmea. A fêmea continuava a perpetuar a replicação e a macho seguia para alguma área do cérebro para substituir células em um conexão neural, ou participar de novas conexões neurais.
Pulando a parte de ciências, fica claro que as nossas ações são gerenciadas por uma rede neural específica. A partir do momento que aquela rede é costurada, temos uma ação padronizada. Um hábito. Repetir aquele ato vai ficando cada vez mais fácil, mais simples. Se torna um hábito, seja este saudável ou ou não. 
Para uma criança o aprender é mais fácil do que para um adulto, pois ela não tem que "perder tempo" suplantando velhos hábitos. Um adulto para começar uma nova atividade, possivelmente ele terá que suplantar algum velho hábito, o que cientificamente quer dizer deixar de usar uma rede neural e criar (literalmente) uma nova. Nosso cérebro (ou talvez eu possa dizer o corpo inteiro) obedece a padrões e o momento de mudança é de conflito dos velhos hábitos com os novos. Ele diz que o cérebro necessita de três a seis meses para construir a nova rede e tornar aquela nova ação um hábito. Se você se perguntava o motivo pelo qual tanta gente desiste dos novos desafios, ou não consegue manter algum padrão de ações, esta é a explicação. Ter disciplina para priorizar suas ações é um diferencial entre o sucesso e o fracasso. No nosso caso, entre o sedentarismo e uma vida saudável.
Nota. Esta é minha livre interpretação do artigo. Não sou especialista em neurologia ou coisa e tal. Se tiver interesse texto original está disponível neste link, Developing Emotional Intelligence.
Youtube. Vez outra esbarro em um vídeo legal sobre corrida, mas este eu resolvi resgatar do passado. Ele tem muito a ver com este texto.
Boas passadas!

Comentários

  1. André, show de bola seu post.

    Muito bacana a leitura que você fez do artigo, relacionando com a questão dos velhos hábitos, da disciplina e o rompimento de barreiras para se levar uma vida mais ativa (menos sedentária).

    O vídeo no final é sensacional. Inspirador. Ontem mesmo fiz algo que o vídeo fala: atrasei meu almoço e deixei de ter a companhia de colegas para ir até a academia e fazer sessões de fortalecimento muscular.

    Em alguns momentos (ou em todos?) temos que fazer escolhas, abrir mão de algumas coisas e fazer alguns sacrifícios em busca daquilo que acreditamos (ou queremos).

    Abraços e bons treinos!

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    Respostas
    1. Verdade, Brunno.
      A vida são inúmeras encruzilhadas e cada direção tem suas consequências (boas ou não). Estar aberto ao novo é uma habilidade primorosa que uma pessoa pode ter. É bom para ela e para aqueles que a cercam.
      Em relação ao vídeo, fica a mensagem que precisamos separar um tempo para nos cuidar. Seja correndo, ou de algum outro jeito qualquer.
      Por fim, uma frase que guardo com carinho:
      "Devemos lembrar que o corpo humano é uma máquina construída para o movimento. Enquanto as outras (máquinas) se desgastam, o organismo humano se aprimora com o movimento. Se feitas de forma adequada, as corridas somam positivamente na longevidade. Se entrgar ao sofá é que não ajuda nada" - Dráuzio Varella

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