CRÔNICAS DE UM CORREDOR PITAQUEIRO
Não há como não dar destaque para a São Silvestre. É o assunto da semana. O anúncio oficial saiu no último dia 30, também meu aniversário :-)
Este será o terceiro ano pelo qual olho para a São Silvestre como corredor. No primeiro ano assisti a incrível vitória do Marilson e sem compreender muito sobre o mundo da corrida cheguei a jurar que correria a prova. No ano seguinte acompanhei toda a polêmica que girou em torno da prova e o amor trincou como um copo de vidro quando cai no mármore da pia. Este ano... há este ano... me pergunto se existem motivos para exercitar minhas habilidades de logística e reservas financeiras para correr uma prova que: 1. Largará às nove da manhã (salvo ajuda divina, muito calor); 2. Trechos de aclives e declives acentuados; 3. Não há uma largada organizada por ritmo; 4. As medalhas já chegaram a ser distribuídas junto com o kit de inscrição; 5. As camisetas não foram entregues para os corredores. Alguns sortudos as receberam semanas depois pelo correio; 6. Não é uma prova com uma distância tradicional (digo porque a maioria das provas são de 5K, 10K, 21K ou 42K).
Tive chance de conversar com um velho companheiro, o compadre Glaucio. A narrativa dele do ano passada seria um roteiro perfeito para uma tradicional comédia americana. Por ele, a conta já fechou. Porém, resolvi temperar um pouco mais o assunto e fiz a mesma pergunta ao Sérgio Xavier, do blog Correria (da Runners) e ele disse que vale!
Demorei um tempo para absorver sua resposta, mas nada como botar a cabeça no travesseiro e refletir. A verdade é que a São Silvestre é uma das poucas coisas, além do futebol, que atravessou décadas de existência. Ela de alguma forma está ali, desde 1925, para dizer que corrida é um esporte. Venham conhecer. Como bem disse o compadre Glaucio, talvez seja a única prova no país em que existam torcedores de cabo a rabo incentivando os participantes (faça chuva, ou faça sol). Então talvez o Sérgio Xavier tenha razão e devamos ir à São Silvestre, mas desprovidos de nossos equipamentos e recordes pessoais por bater. Nos unir ao grande pelotão de geral para comemorar àquela que durante muito tempo lembra aos brasileiros que a corrida existe e pode ser de todos.
A corrida como qualquer negócio que precisa ser no mínimo sustentável começa a ganhar fôlego em território brasileiro. Mais que modismo, a corrida parece estar se tornando um estilo de vida para os brasileiros (diz-se clientela cativa). Quando li que os especialistas do assunto comemoravam a existência de 11 Meias Maratonas (que podem ser chamadas de booooas) em solo nacional, resolvi refletir sobre o tamanho do desafio que os organizadores tem travado. Só tenho a agradecer pelo empenho e fé de que este projeto (para eles financeiro) traga bem estar para a população.
Não comparei a planilha da edição 47 da Revista Runners com a fornecida no site, que segui fielmente para ser um Sub-2h ano passado nas (até então) três Meias do Rio (Meia da Caixa, Golden Four e Internacional). Porém ficou claro como as atividades complementares são essenciais para ganharmos velocidade.

Este será o terceiro ano pelo qual olho para a São Silvestre como corredor. No primeiro ano assisti a incrível vitória do Marilson e sem compreender muito sobre o mundo da corrida cheguei a jurar que correria a prova. No ano seguinte acompanhei toda a polêmica que girou em torno da prova e o amor trincou como um copo de vidro quando cai no mármore da pia. Este ano... há este ano... me pergunto se existem motivos para exercitar minhas habilidades de logística e reservas financeiras para correr uma prova que: 1. Largará às nove da manhã (salvo ajuda divina, muito calor); 2. Trechos de aclives e declives acentuados; 3. Não há uma largada organizada por ritmo; 4. As medalhas já chegaram a ser distribuídas junto com o kit de inscrição; 5. As camisetas não foram entregues para os corredores. Alguns sortudos as receberam semanas depois pelo correio; 6. Não é uma prova com uma distância tradicional (digo porque a maioria das provas são de 5K, 10K, 21K ou 42K).
Tive chance de conversar com um velho companheiro, o compadre Glaucio. A narrativa dele do ano passada seria um roteiro perfeito para uma tradicional comédia americana. Por ele, a conta já fechou. Porém, resolvi temperar um pouco mais o assunto e fiz a mesma pergunta ao Sérgio Xavier, do blog Correria (da Runners) e ele disse que vale!
Demorei um tempo para absorver sua resposta, mas nada como botar a cabeça no travesseiro e refletir. A verdade é que a São Silvestre é uma das poucas coisas, além do futebol, que atravessou décadas de existência. Ela de alguma forma está ali, desde 1925, para dizer que corrida é um esporte. Venham conhecer. Como bem disse o compadre Glaucio, talvez seja a única prova no país em que existam torcedores de cabo a rabo incentivando os participantes (faça chuva, ou faça sol). Então talvez o Sérgio Xavier tenha razão e devamos ir à São Silvestre, mas desprovidos de nossos equipamentos e recordes pessoais por bater. Nos unir ao grande pelotão de geral para comemorar àquela que durante muito tempo lembra aos brasileiros que a corrida existe e pode ser de todos.
TREINOS PARA MEIA MARATONA
GUIA DO TÊNIS
Foi legal ver que o Asics Gel Cumulus ainda é uma ótima opção. O fluxograma do tênis instaurado há algumas edições é excelente para não se comprar um tênis as cegas, ou mesmo fomentar a reflexão sobre um diagnóstico duvidoso de sua pisada. O canal com o leitor da revista funciona muito bem e a equipe, com presteza, retorna uma resposta. Estes são apenas alguns motivos que me fazem fã deste periódico esportivo.
Boas passadas
Sobre a São Silvestre na minha opinião não vale a pena. A não ser que você não se importe em sair no fundão do pelotão e dividir as ruas de São Paulo da mesma forma que divide um metrô lotado. Ou então vai ter ficar duas horas de pé e mesmo assim sair para a corrida muito mal posicionado. Eu pessoalmente já decide que enquanto a largada não for devidamente organizada por ritmo, eu não correrei a São Silvestre. Mas também já resolvi que a centésima edição da prova eu correrei de qualquer maneira. Espero que até lá eles resolvam a questão da largada, o que eu sinceramente duvido muito. Abcs e bons treinos!
ResponderExcluirConcordo com você, Léo
ExcluirPensar em recorde pessoal, não é uma boa opção para quem está no pelotão geral.
Mas a valorização do corredor amador, como cliente ou fonte de receita, é algo que vem sendo trabalhado há pouco tempo por vários organizadores de provas.
Li um artigo que reconhecidamente boas, temos apenas ONZE meias maratonas. A São Silvestre, além de não ter uma distância tradicional, também está longe de ser vem organizada.
Mas é o tal do glamour ... e nós só querendo correr
Oi André!
ResponderExcluirConfesso que a São Silvestre apesar de toda sua visibilidade e tradição não é uma prova que me atrai.Mas meu marido tem um sonho antigo de realizar essa prova, ele diz que ela o remete a infância e as comemorações de final de ano, quando a prova ocorria a noite, sendo que os primeiros classificados cruzavam a linha de chegada próximo a virada do ano.
Abraços!
É verdade, Alessandra.
ExcluirApesar de "tenra" eu lembro destas corridas KKK
Como eu disse, vejo a participação mais como uma comemoração do que uma forma de se melhorar marcas. Até porque provas de 15K não fazem parte da minha rotina. Não poderia ser a prova de 10 Milhas? Esta distância é considerada oficial. Não poderia ser uma Meia Maratona? Quem bloqueia 15K bloqueia 21097 metros.
Boas passadas!