Era
para eu estar voando. Seria a primeira tentativa de recorde pessoal na prova
dos 10 km após quase 12 semanas de preparação, mas a vida é uma caixinha de
surpresas. Meu setembro foi complicado e é só isso que preciso dizer. O resto
deixo para a sua imaginação, afinal problemas todos temos e a vida nos impõe
diariamente um desafio a ser superado.
Eu ainda estou atônito como um dia uma coisa pode ser motivo e em outra ela se torna uma desculpa. Vi minha disposição desaparecer na mesma proporção em que as atribuições cresciam. Fique entregue, caído, cansado... derrotado. Foram semanas funcionando no modo automático, mas procurando a saída deste labirinto de adversidades.
Eu tinha certeza que não iria ficar daquela forma para sempre. Assim, me encolhi e aguardei. Reuni forças para num único pulo conseguir escapar desta armadilha.
Na manhã do último domingo a oportunidade chegara. Eu havia me inscrito na etapa Paço Imperial do Circuito Light Rio Antigo, além da minha esposa Andréa e da nossa amiga Marta.
Veio a manhã de domingo. Acordei sibilando por conta da asma. Estava ofegante,
nada grave para levar o dia, mas eu iria correr! Veio o desânimo. Tentei
convencer minha esposa a não irmos mais, porém ela disse que queria ir e um
pouco de ar fresco logo cedo me faria bem. Decidi não tomar o remédio e acabar
com as chances de correr. Apesar do desconforto, fomos para o Rio.
A Praça XV ganhou um novo ponto de vista ao ver aquele mar de gente vestindo azul. Éramos uns cinco mil pelo menos aguardando a largada. O pórtico foi colocado logo após o sinal da Rua do Rosário e o "circo" armado na praça ao lado do Paço Imperial. Chegamos tão cedo que rodamos o perímetro, tiramos fotos e nos colocamos em uma área bem tranquila para a largada.
O percurso realmente passou por belos prédios e monumentos do centro. A oportunidade de passar andando, onde normalmente estou de carro (ou ônibus) me deu a oportunidade de olhar com mais calma para alguns lugares.
O ritmo estava ótimo, para quem não treinava a praticamente um mês. Mantive até o km 7 o pace de meia maratona, depois a falta de condicionamento e o calor me fizeram diminuir a intensidade. Neste instante eu só pensava em terminar a prova correndo. Não queria andar, pois mexeria muito com minha já abalada motivação. Porém no final deu tudo cero. Depois de 1 hora e 54 segundos cheguei! Foi uma corrida para espantar mau olhado, pois até o Garmin teve problemas para funcionar. O GPS só engrenou quando já havia deixado para trás 1 km ou 2km.
Quanto a organização. Sinceramente achei um pouco tumultuado. Antes da prova as caixas de água e frutas estavam expostas e a mercê de quem passasse por elas. Bastante coisa foi consumida antes da prova, mas fiquei feliz por não ser afetado por este fato. A camisa (apesar de bonita) de poliester. Uma decepção, ainda mais na era da poliamida e a disponibilidade do Dry Fit.
Iniciar a prova às oito deu segurança para os corredores, por conta do calor.
Eu ainda estou atônito como um dia uma coisa pode ser motivo e em outra ela se torna uma desculpa. Vi minha disposição desaparecer na mesma proporção em que as atribuições cresciam. Fique entregue, caído, cansado... derrotado. Foram semanas funcionando no modo automático, mas procurando a saída deste labirinto de adversidades.
Eu tinha certeza que não iria ficar daquela forma para sempre. Assim, me encolhi e aguardei. Reuni forças para num único pulo conseguir escapar desta armadilha.
Na manhã do último domingo a oportunidade chegara. Eu havia me inscrito na etapa Paço Imperial do Circuito Light Rio Antigo, além da minha esposa Andréa e da nossa amiga Marta.

A Praça XV ganhou um novo ponto de vista ao ver aquele mar de gente vestindo azul. Éramos uns cinco mil pelo menos aguardando a largada. O pórtico foi colocado logo após o sinal da Rua do Rosário e o "circo" armado na praça ao lado do Paço Imperial. Chegamos tão cedo que rodamos o perímetro, tiramos fotos e nos colocamos em uma área bem tranquila para a largada.
O percurso realmente passou por belos prédios e monumentos do centro. A oportunidade de passar andando, onde normalmente estou de carro (ou ônibus) me deu a oportunidade de olhar com mais calma para alguns lugares.
O ritmo estava ótimo, para quem não treinava a praticamente um mês. Mantive até o km 7 o pace de meia maratona, depois a falta de condicionamento e o calor me fizeram diminuir a intensidade. Neste instante eu só pensava em terminar a prova correndo. Não queria andar, pois mexeria muito com minha já abalada motivação. Porém no final deu tudo cero. Depois de 1 hora e 54 segundos cheguei! Foi uma corrida para espantar mau olhado, pois até o Garmin teve problemas para funcionar. O GPS só engrenou quando já havia deixado para trás 1 km ou 2km.
Quanto a organização. Sinceramente achei um pouco tumultuado. Antes da prova as caixas de água e frutas estavam expostas e a mercê de quem passasse por elas. Bastante coisa foi consumida antes da prova, mas fiquei feliz por não ser afetado por este fato. A camisa (apesar de bonita) de poliester. Uma decepção, ainda mais na era da poliamida e a disponibilidade do Dry Fit.
Iniciar a prova às oito deu segurança para os corredores, por conta do calor.
Hei André, não desanime, a vida prega peças na gente mesmo e as vezes nos sentimos derrotados. Mas assim como na corrida estamos constantemente dizendo pra aquela voz interior que não é ela quem manda e que você só vai parar quando terminar e não porque está cansado temos que usar essa tática para outras coisas da vida. Ninguém pode governar a tua vida a não ser você. Espero que tenha exorcizado esse período da tua vida e iniciado com todo o gás um novo.
ResponderExcluirBons treinos
Ju
A vida realmente prega peças, até mesmo quando realiza nossos desejo. No meu caso, TODOS ao mesmo tempo. Mas isso é sinal de que estou na luta. Vez outra ganho um murro, mas continuo na batalha. Voltar a treinar regularmente é o novo objetivo. Com o calor que está dazendo aqui no Rio não ambiciono melhores tempos. É manter a forma como e aguardar pelo outono.
ExcluirObrigado pela visita!
Boas passadas!