O sol ensaiava os primeiros raios da manhã quando levantei para tomar o café. É um ritual silencioso, quase de reflexão. Penso na corrida, nos 4 Km que me propus a fazer. A meta era concluir abaixo de 20 minutos, mas a semana sem treinos talvez se tornasse um obstáculo maior do que eu pudesse mensurar. Penso nos amigos que irei reencontrar e a ansiedade desaparece junto com o último pedaço do sanduíche que eu comi no desejum. Troco rapidamente de roupa, dou um beijo na sonolenta esposa, outro no rebento e me coloco porta a fora.
Sem trânsito o trajeto até a subida da ponte foi rápido. Tão rápido quanto o tempo que tive para ver o sol nascer entre nuvens, por cima da igreja do bairro de São Lourenço e a travessia da ponte. Quando parei o carro no estacionamento próximo do Museu de Arte Moderna (MAM) foi que me dei conta de quão perfeita estavam as condições para correr. Sol encoberto e calor abaixo do esperado.
Como eu tinha tempo de sobra para a largada, sai a caminhar entre as barracas das assessorias esportivas. Tive o prazer de encontrar o Jorge Maratonista, grande... não, ultra corredor. Mas foi só. Nada dos amigos.
A corrida. Decidi que não iria usar o Runkeeper. A distância era pequena demais e seria fácil fazer as contas, para tentar terminar com um tempo inferior a 20 minutos. O pórtico de largada estava a pouco menos de 10 metros a frente e os demais milhares de corredores logo atrás. Apesar do esforço da organização, muita gente ignorou a largada por ritmo. Ironicamente encontrei o Sérgio (Blog Corredor Feliz) a um metro de distância, a poucos minutos da largada e só deu tempo para um "oi", um "boa sorte" e a tradicional foto. Foram preciso algumas ultrapassagens perigosas na largada. Haviam iniciantes e desavisados compondo o pelo da frente. Mesmo assim, antes de alcançarmos o Km 1 a confusão já havia sido desfeita.
Assim como na semana passada, fechei o primeiro quilômetro com 4'40". Acho que consegui sustentar o ritmo até o Km 3, levando a sério a respiração 3 para 1. Nunca consegui fazer 2 para 1. É muito curta! Aí a semana sem treinos cobrou seu preço. Eu não tinha mais como oxigenar as pernas. Era o limite. Eu ignorei o monitor cardíaco com ele batendo 95% da FCM e segui do jeito que dava. Quando entrei no último quilômetro comecei a sentir as pernas fraquejarem, implorando por energia. O ritmo caiu um pouco, mas fechei com 19'58"! Meta cumprida. Desde o ano passado eu não conseguia alcançar este ritmo.
O evento. O Circuíto Athenas já conquistou seu espaço no calendário de muitos corredores. Seu nível de organização e a qualidade do Kit trouxeram diferencial para este circuito. Porém a luz de alerta começou a piscar nesta terceira etapa. O número de participantes aqui no Rio foi significativamente maior do que o primeira etapa, que também participei, e alguns problemas ocorreram. Filas cortaram as calçadas do Monumento dos Praçinhas durante todo o sábado. O sistema de entrega com duas filas trouxe muita insatisfação, pois perdeu-se muito tempo nas duas filas. Outro problema identificado foi em relação aos kit. Faltaram camisas. Houve um princípio de confusão no final da tarde, mas parece que foi contornada pela organização. Mas no todo foi muito bom.
A surpresa ficou para o final. Tomei o isotônico escorado na cerca, em frente ao local em que estavam entregando as medalhas. Antes de terminar a maçã, avistei meu ex-companheiro de trabalho Vinicius. Mais magro como ele havia dito, após quase quatro meses de treino. Já tomado pela endorfina, ele disse que poderia ter feito melhor, apesar de ter debutado com o tempo de 24'12". Depois de um dedo de prosa e algumas fotos resolvi cumprir com o treino do final de semana. Um abraço no amigo e aproveitei a infra para correr 10 Km em uma corrida leve. O treino foi no mínimo peculiar com os corredores da meia maratona me ultrapassando. Quando cheguei ao Km 5, ou ao décimo sexto dos 21 Km, desviei do tapete de controle. Alguns corredores e o fiscal só faltaram me pegar pelo braço para passar pelo ponto de controle, mas finalmente entenderam que eu não estava na prova. Pouco depois reencontrei o Sérgio. Acho que ele terminou a prova abaixo de 1h50. Depois vou conferir no blog dele. No final do percurso ainda brinquei com alguns fotógrafos para homenagear meu ídolo do esporte, o Vandelei Cordeiro e seu aviãozinho. Logo depois encontrei a Cláudia, a primeira pessoa que conheci que já completou uma maratona. Sinistro. De bem com a vida, sempre brincando em companhia da sua mãe, que concluiu os 10 Km em 1h10. Mole não. Essa é a nossa vida. Trocar experiências e curtir as conquistas.
Boas passadas!
Sem trânsito o trajeto até a subida da ponte foi rápido. Tão rápido quanto o tempo que tive para ver o sol nascer entre nuvens, por cima da igreja do bairro de São Lourenço e a travessia da ponte. Quando parei o carro no estacionamento próximo do Museu de Arte Moderna (MAM) foi que me dei conta de quão perfeita estavam as condições para correr. Sol encoberto e calor abaixo do esperado.
Como eu tinha tempo de sobra para a largada, sai a caminhar entre as barracas das assessorias esportivas. Tive o prazer de encontrar o Jorge Maratonista, grande... não, ultra corredor. Mas foi só. Nada dos amigos.
A corrida. Decidi que não iria usar o Runkeeper. A distância era pequena demais e seria fácil fazer as contas, para tentar terminar com um tempo inferior a 20 minutos. O pórtico de largada estava a pouco menos de 10 metros a frente e os demais milhares de corredores logo atrás. Apesar do esforço da organização, muita gente ignorou a largada por ritmo. Ironicamente encontrei o Sérgio (Blog Corredor Feliz) a um metro de distância, a poucos minutos da largada e só deu tempo para um "oi", um "boa sorte" e a tradicional foto. Foram preciso algumas ultrapassagens perigosas na largada. Haviam iniciantes e desavisados compondo o pelo da frente. Mesmo assim, antes de alcançarmos o Km 1 a confusão já havia sido desfeita.
Assim como na semana passada, fechei o primeiro quilômetro com 4'40". Acho que consegui sustentar o ritmo até o Km 3, levando a sério a respiração 3 para 1. Nunca consegui fazer 2 para 1. É muito curta! Aí a semana sem treinos cobrou seu preço. Eu não tinha mais como oxigenar as pernas. Era o limite. Eu ignorei o monitor cardíaco com ele batendo 95% da FCM e segui do jeito que dava. Quando entrei no último quilômetro comecei a sentir as pernas fraquejarem, implorando por energia. O ritmo caiu um pouco, mas fechei com 19'58"! Meta cumprida. Desde o ano passado eu não conseguia alcançar este ritmo.
O evento. O Circuíto Athenas já conquistou seu espaço no calendário de muitos corredores. Seu nível de organização e a qualidade do Kit trouxeram diferencial para este circuito. Porém a luz de alerta começou a piscar nesta terceira etapa. O número de participantes aqui no Rio foi significativamente maior do que o primeira etapa, que também participei, e alguns problemas ocorreram. Filas cortaram as calçadas do Monumento dos Praçinhas durante todo o sábado. O sistema de entrega com duas filas trouxe muita insatisfação, pois perdeu-se muito tempo nas duas filas. Outro problema identificado foi em relação aos kit. Faltaram camisas. Houve um princípio de confusão no final da tarde, mas parece que foi contornada pela organização. Mas no todo foi muito bom.
A surpresa ficou para o final. Tomei o isotônico escorado na cerca, em frente ao local em que estavam entregando as medalhas. Antes de terminar a maçã, avistei meu ex-companheiro de trabalho Vinicius. Mais magro como ele havia dito, após quase quatro meses de treino. Já tomado pela endorfina, ele disse que poderia ter feito melhor, apesar de ter debutado com o tempo de 24'12". Depois de um dedo de prosa e algumas fotos resolvi cumprir com o treino do final de semana. Um abraço no amigo e aproveitei a infra para correr 10 Km em uma corrida leve. O treino foi no mínimo peculiar com os corredores da meia maratona me ultrapassando. Quando cheguei ao Km 5, ou ao décimo sexto dos 21 Km, desviei do tapete de controle. Alguns corredores e o fiscal só faltaram me pegar pelo braço para passar pelo ponto de controle, mas finalmente entenderam que eu não estava na prova. Pouco depois reencontrei o Sérgio. Acho que ele terminou a prova abaixo de 1h50. Depois vou conferir no blog dele. No final do percurso ainda brinquei com alguns fotógrafos para homenagear meu ídolo do esporte, o Vandelei Cordeiro e seu aviãozinho. Logo depois encontrei a Cláudia, a primeira pessoa que conheci que já completou uma maratona. Sinistro. De bem com a vida, sempre brincando em companhia da sua mãe, que concluiu os 10 Km em 1h10. Mole não. Essa é a nossa vida. Trocar experiências e curtir as conquistas.
Boas passadas!
Que bom companheiro que nos encontramos mais uma vez! parabéns pela prova e pelo ótimo tempo!
ResponderExcluirEspero que no ano que vem possamos estrear juntos na maratona!
abraço,
Sergio
A vida sem o tênis tá bem agitada, mas aos poucos estou retomando o equilíbrio. Esta foi uma grande conquista realmente.
ExcluirAinda não li seu post, mas parabéns pelo 1h49! É um grande feito :-)
Parabéns!!!
André
parabéns pela corrida e pelo alvo alcançado, e que legal ver vc se divertindo no mundo das corridas. abraço
ResponderExcluirwww.temposminimos.blogspot.com.br
Obrigado pela visita, Rafael.
ExcluirAcima de tudo, a corrida precisa ser algo divertido. É a válvula de escape, além de oferecer todos os outros benefícios.
Estou curioso para conhecer seu blog. Vou dar um pulinho lá depois.
Boas passadas
André