Family Run. Eram mais ou menos sete da manhã, quando consegui parar o carro próximo do Largo do Machado. O tempo estava nublado, meio feio, mas a temperatura era mais que ideal para quem iria correr. Estava a pouco menos de 1 Km da largada, ótimo para um trote e esticar o corpo. As pessoas estavam chegando, de todas as idades, tamanhos, estados e países. Sim, haviam muitos turistas na prova de 6 Km também. Um canadense com um chapéu com bandeiras de sua pátria chamava a atenção alguns metros a minha frente, enquanto alguém falava espanhol nos arredores. E para não quebrar a tradição esbarrei com um velho amigo. Carlos foi um companheiro de trabalho quando fui residente em uma empresa há alguns anos. Corredor, desde janeiro, meu velho amigo disse que participa de todas as provas possíveis com um ar de muito satisfeito e com sete quilos a menos desde que iniciou os treinos.
Para fazer o tempo passar e preparar o corpo para prova fomos para um trote de 10’, enquanto mais gente continuava a chegar. Disse para ele que iria corredor para 42’, mas ele me garantiu que faria menos. Treino é treino, prova é prova e ele estava certo. A largada parecia um estouro de uma manada e foi ali na largada que nos perdemos após dois caras saírem atropelando todo mundo (como foi dito na Runners como as 10 coisas que não devem ser feitas por um corredor). Alguns correndo muito, outros menos e uns desavisados andando a frente de milhares que vinham atrás e eu entre eles! Os primeiros 500 metros mais pareceram uma corrida de obstáculos, mas depois a coisa começou a engrenar. Fora do pelotão da caminhada foi possível estabelecer um padrão de corrida.
Para fazer o tempo passar e preparar o corpo para prova fomos para um trote de 10’, enquanto mais gente continuava a chegar. Disse para ele que iria corredor para 42’, mas ele me garantiu que faria menos. Treino é treino, prova é prova e ele estava certo. A largada parecia um estouro de uma manada e foi ali na largada que nos perdemos após dois caras saírem atropelando todo mundo (como foi dito na Runners como as 10 coisas que não devem ser feitas por um corredor). Alguns correndo muito, outros menos e uns desavisados andando a frente de milhares que vinham atrás e eu entre eles! Os primeiros 500 metros mais pareceram uma corrida de obstáculos, mas depois a coisa começou a engrenar. Fora do pelotão da caminhada foi possível estabelecer um padrão de corrida.
A corrida. Tentei me concentrar ao monitor cardíaco e não me empolgar, mantendo o ritmo a 80% da FCM. A cada passada a multidão ficava para trás e passei a contar as pessoas na ordem das dezenas ao meu redor. Quando alcançei o primeiro posto de hidratação no segundo quilômetro a situação para correr já estava resolvida. Meio copo d’agua para dentro e vamos em frente. Antes de alcançar a metade do percurso o monitor cardíaco começara a apitar sem parar. Treco chato. Eu estava bem e ele teimava em me avisar que estava acima do delimitado. Tentei ignorá-lo prestando atenção a música que eu ouvia na rádio, mas a consciência me lembrava das 10 coisas que não devem ser feitas por um corredor. Acabei esquecendo o bip ligado. Na próxima não esqueço. Falando do monitor, percebi que mantive o ritmo em 160 bpm. Algumas pessoas me passavam, outras me cercavam e outras ficavam para trás. Eu estava correndo em 88% da FCM, mas eu estava bem. A passagem pelo posto de hidratação do quarto quilômetro serviu para molhar a cabeça e continuei sem problemas até a chegada com fôlego para mais alguns quilômetros. Após a chegada continuei andando mais um tempo para uma desaceleração salutar. Depois removi o chip do tênis e fui pegar minha medalha e o lanche pós prova. Acho que os 10 km da Corrida das Estações na próxima semana não serão tão duros.
Desempenho. Marquei 35'22" no meu monitor cardíaco para concluir os 6K. Para minha surpresa corri 5’54’’/K. Para quem achava que iria correr 7’/K fui muito além do esperado. Não foi de graça. Ontem fui dormir por volta das dez da noite para tentar vencer o cansaço acumulado da semana. Outro fator importante foi o alongamento. Procurei me alongar mais vezes desde o último treino. Corri mais solto e sem algumas dores musculares que vinham me incomodando recentemente. Por último o fator evento. É interessante como o estar naquele ambiente, com milhares de pessoas, árbitros para monitorar a prova, mídia, música, estandes nos impulsiona, nos faz superar nossos limites. O resultado oficial da corrida sai nas próximas 72 horas.
Como disse meu amigo Carlos: treino é treino, corrida é corrida. A energia é maior do que eu pensava existir.
Show meu camarada e parabéns, nossa foto ficou show, estou ja em Porto Alegre, vou ver se treino algum dia por aqui, ta um frio do cacete ahahaha domingo nos vemos de novo no Circuito Adidas, belo tempo o seu.
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Carlos Ferreira