Há algumas semanas lamentei minha sorte, pois havia perdido a revista de junho no meio da mudança. A parte boa da mudança, se é que podemos dizer que tem, foi que achei a revista. Repassando as matérias vi que não poderia deixar de fazer alguns comentários, pois motivação e trabalho em equipe são características que merecem citação neste esporte considerado individual por muitos.
Viva a diversidade foi o título da coluna Oxigênio. Ela fala sobre a importância da variação dos treinos no desenvolvimento do corredor, mas gostaria de dar ênfase a outro fator que a variação de treinos proporciona: a quebra da rotina. Diferentes tipos de treino, percursos e pisos evita que a rotina envenene sua motivação. Falo isto, pois vejo como a motivação é essencial para quem está começando e fundamental para quem já pratica a corrida há tempos. Pensando realmente no significado da motivação, saber o que te faz levantar mais cedo, ou se esforçar depois de um dia cansativo de trabalho é essencial para não desistir desta (no mínimo) forma de cuidar da saúde. No meu caso, correr caiu no meu gosto, então pratico por prazer. Mas para não dar brecha para a preguiça meus treinos são sempre orientados para uma prova. Se você, como eu, ainda curte os primeiros dois anos de treino possivelmente tem detonado seus recordes pessoais a cada prova. Resumir semanas de treino em recordes é a centelha extra para não deixar o fogo da motivação se apagar, enquanto correr não se torna um estilo de vida e lazer. Então, o que faz você se mexer?
Complementando o tema original da coluna Oxigênio, a coluna Treino oferece alguns exemplos para fartlek, corrida progressiva e pirâmide de sprints para treinos de velocidade. Na matéria de Adam Bean aproveita para desmistificar a necessidade de uma pista de atletismo para os treinos de velocidade. Se eu dependesse disso ainda estaria andando monotonamente. Enfim, são todas boas as alternativas para você não achar que correr é algo enfadonho.
Um novato na ilha é a segunda matéria sobre provas de revezamento que leio. Confesso que o relato da Nike 600 mexeu mais comigo, mas o enfoque nos bastidores também foi interessante. Meu compadre Glaucio me contou sobre a cansativa (mas positiva) experiência de se organizar uma equipe de revezamento. No caso dele foram duas equipes, em virtude do interesse de amigos e familiares. Fazer a inscrição, pegar os kits, comprar, estocar e carregar o isotônico e os sanduíches que seriam consumidos.
Acho apenas que faltou ênfase a mais poderosa energia que um corredor pode ter. O espírito de equipe nos faz superar limites. Em minha experiência na Ecorun completei, pela primeira vez, os 5K abaixo de 25'. Estou esperando pela próxima prova e já me ofereci para ajudar na organização da(s) equipe(s).
Para acabar a coluna Pelotão de frente. Ela trás um alerta para os excessos nos treinos. A matéria é um bom alerta para quem treina forte demais e na hora da competição não consegue colher os resultados. Se esta fosse a pior parte, tudo bem. Mas os excessos nos treinos podem provocar lesões por estresse, ou mesmo fatigar a um ponto que uma parada pode ser obrigatória. Espero que a carapuça não sirva em você.
Boas passadas!
André,
ResponderExcluirTudo bem? esses seus resumos das revistas são sempre muito bons! esse negócio de overtraining é mesmo algo para se preocupar, eu acho que houve um pouco de minha parte... dei uma parada no estaleiro agora para dar uma zerada.
grande abraço,
Sergio
corredorfeliz.blogspot.com
Sérgio, meu amigo.
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelos elogios. Este é meu jeito para puxar "um dedo de prosa" sobre os temas.
Quanto ao overtrainning desejo pronta recuperação para você. Mas não se culpe, pois o limiar entre muita motivação e pressa por resultados é tênue. Eu tenho sentido dores musculares, mas pelas poucas horas de sono. Tem faltado tempo para descansar corretamente nas últimas semanas. Estou fazendo tripas coração para guardar energia para domingo.
Boas passadas.