A segunda etapa do Circuito Athenas
este ano teve um E de especial, pois a prova foi celebrada justamente no dia
dos pais. Para um pai corredor, este já foi o primeiro presente. O segundo foi
poder conhecer um pouquinho a história de algumas pessoas. Falo da Renata, do
André e da Monique. Pessoas de bem com a vida e que compartilham a corrida,
apesar de objetivos distintos. Tudo começou por conta do blog e por conta da
sorte nos reunimos para curtir uma das mais belas provas da orla do Rio de
Janeiro.
O domingo amanheceu com o sol entre
nuvens e a temperatura amena. Era um ótimo dia para correr. Renata estava
preocupada em atrapalhar minha corrida e eu dizendo que faria a prova em ritmo
de treino. Fiel a minha prova alvo, fui correr meu último longão em ritmo leve,
meu foco está nas provas de 10 quilômetros que selecionei para este segundo
semestre. Dentre elas os dez quilômetros da terceira etapa do Circuito
Athenas.

Chegamos ao Aterro com tempo suficiente para algumas fotos e cumprimentar a
Drica e seu marido. Um barato também a história destes dois, que adoro
acompanhar no blog dela. Em meio ao mar azul de corredores nos posicionamos
entre aqueles que manteriam o ritmo entre 6'/km e 7'/km e aguardamos pela
largada.
Nós e mais umas seis ou sete mil pessoas (olhômetro) largaram em direção a
perimetral, sem complicações ou atropelos. Escolhemos bem o local para iniciar
a prova. Apesar da euforia, meus debutantes estavam lúcidos e mantiveram o ritmo
acima de 6'30"/km, que achei razoável para a ocasião. Prometi a Renata
ampará-los no controle da velocidade. Se eles acelerassem iriam me deixar para
trás - risos.

Eventualmente falávamos alguma coisa, enquanto monitorava o ritmo deles e os
intervalos para hidratação e alimentação. Achei legal eles terem adotado a
paçoquita, que no fundo também ajuda mentalmente.
Antes que nos déssemos conta, já estávamos no meio da prova. Passávamos a
frente do pórtico que saímos há pouco menos de uma hora. Tirando as subidas do
viaduto, Renata vinha sustentando o ritmo bem e assim seguimos para a parte
conhecida do percurso. O Aterro transpirava um aroma delicioso das plantas.
Ipês estavam repletos e suas flores mais pareciam buques de noiva. Chegávamos
ao décimo quilômetro com certa euforia, mas o terço final da prova cobraria seu
quinhão dos debutantes. Estabelecer novos recordes de distância dependem mais
da mente do que do corpo treinado.

Foi uma experiência maravilhosa. Não
sei exatamente o que meu amigo Sérgio sentiu, mas com certeza foi algo que nos
faz inflar. Sentir que somos um pouco mais e que nos doar também dá frutos.
Esta medalha ficará marcada com uma lembrança muito poderosa de importantes
virtudes humanas. Estou muito grato por ter vivido esta experiência.

Até a próxima etapa!
Boas passadas.
Oi André, Li o relato da Drica sobre a prova e fiquei curiosa para conhecer vocês, ganhou meu seguir com esse companheirismo, é tão difícil achar alguém que corra uma prova para acompanhar um amigo, e pelo jeito você gostou, parabéns. Feliz dia dos pais atrasado e parabéns pela prova.
ResponderExcluirBeijinhos
Bons Km
JU
Oi, Ju.
ExcluirÉ muito fácil nos perdermos em nossas metas e ignorarmos o poder da amizade. Corridas como esta renovam o ânimo, pois trazem nova e grata perspectiva para a corrida. Se eu já gostava, posso dizer que após uma corrida como esta afirmo que a corrida desperta realmente o melhor que possuímos.
Não foi a primeira, nem será a última vez que terei domingos como este. Assistir a superação é tão ou mais gratificante que a nossa própria.
Se você é do Rio, não será por falta de corridas que não nos reuniremos.
Obrigado pelopor elogio e boas passadas!
André, você acabou de me fazer chorar. Porque infelizmente nos dias de hoje a gente não está mais acostumado com o doar sem receber nada em troca, com generosidade e tamanha gentileza por parte das pessoas. Você demonstrou tudo isso não só em 01:49:02. Porque incutiu algo em mim que ninguém pode tirar e que vou levar para o resto da vida.
ResponderExcluirAcredita que seu xará já pediu para inscrevê-lo na terceira etapa??? Apesar de não termos muito consciência disso, hoje eu percebo que estamos bem no meio de uma verdadeira corrente do bem. E eu só tenho, de novo, que te agradecer por isso. Obrigada mesmo. Beijos, Renata.
Renata,
ExcluirAgora você me deixo QUASE sem palavras :-)
Nos últimos anos eu aprendi o poder libertador da boa ação e o quanto isso tem me feito bem. Ser exemplo para nada menos que meu filho vem me transformando.
Estaremos na III Etapa, mas eu irei para uma provação pessoal. Tenho um acerto de contas com o cronômetro na prova de 10 km.
Obrigado e boas passadas!!!
Essa troca é rica para os dois lados, também já ajudamos e recebemos ajuda. O sentimento depois de ver um amigo cruzar a linha de chegada é sem igual, é sensacional.
ResponderExcluirAinda quero correr uma prova ou participar de um treino com vocês!
Beijão André, belíssimo post, emocionante demais!
Obrigado, Drica.
ExcluirCompartilhar a corrida está sendo realmente gratificante. É um círculo virtuoso... bom demais. Nadei boa parte da minha vida. O Vôlei de praia foi um hobby por 10 anos, mas o sentimento que a corrida despertou é ÚNICO. É mais que um esporte. É um estilo de vida. Deus me permita correr por muito tempo ainda.
Espero que esteja sentada, mas eu NUNCA treinei no Rio (salvo o Aterro). Tenho um sonho antigo de correr na Lagoa. Quem sabe?
Beijos e abraços para vocês.