Há três meses quando levantei às cinco e meia para me preparar para a Adidas Inverno estava ainda estava escuro. Hoje a janela parecia uma moldura a exibir um céu azul repleto de nuvens claras e escuras. Não estava frio como no dia anterior, fato que me deixou esperançoso de ter corrida sem chuva. O receio apareceu quando chegava ao Rio, pois nuvens escuras pairavam sobre o centro. Sinal de que poderia estar chovendo por lá, mas não tinha mais volta e a capa de chuva estava na bolsa desde ontem. Vamos que vamos.
Apesar do número cada vez maior de participantes, na minha opinião, a organização do evento é boa. Acho apenas que alguns serviços poderiam ser redimensionados. O teste da pisada, por exemplo, a quantidade de equipamentos para avaliação foi pequeno para a fila que se formou. Até tentei fazê-lo, mas depois de quase 20 minutos na fila e perceber que ficaria pelos outros 20 minutos, desisti. O mesmo para a massagem dentro do estande da O2. Um dos massagistas faltou e o público, como eu disse maior, foi distribuído para os dois massagistas presentes. Mas eu a considero uma boa prova. Já vi piores.
O local de retirada do kit (e mais um bocado de gente) foi bastante complidado, pois a Barra é bem distante de Niterói. Eu peguei o kit para outras três pessoas para descomplicar a vida de alguns amigos. Acho que existem locais de acesso mais fácil para todos. Existem Shoppings com que o Barra Shopping.
Preliminares. Deixei o carro próximo ao Aeroporto Santos Dumond. Chegar cedo tem suas vantagens. Enquanto caminhava em direção aos estandes para retirada do chip, o céu começou a abrir e o sol deu as caras. Foi aí que lembrei do “Primavera” no nome do evento. Não era mais inverno e a temperatura começava a subir rapidamente. Não fiquei tão preocupado, pudera, pois eu não sabia o que me esperava. Comemorei o bonito cenário que se configurava.
Alguns copinhos de iogurte depois eu comecei meu aquecimento, enquanto o locutor anunciava o alongamento. Fazer ou não alongamento antes da corrida é um assunto para outro post, mas eu sou a favor de não fazê-lo e realizar apenas um leve aquecimento de 10 minutos para acordar o corpo e lubrificar as articulações para a corrida.
Terminei o aquecimento faltando dez minutos para as oito horas, intervalo suficientemente curto para o corpo continuar em prontidão, mas infelizmente a largada foi adiada, pois ainda havia muita gente correndo para pegar o chip. Paciência. Tentei me sacudir do jeito que dava para manter o aquecimento e não prestar muita atenção nas reclamações alheias. Ainda deu tempo para ver o Eduardo Asdrub, meu velho chefe e mentor, no meio da multidão. Na linguagem dos sinais soube que ele iria correr a prova de 5K. Desejei-lhe boa sorte e pouco depois a corrida começou.
A corrida. Precise de pouco mais de 1 minuto para passar pelo pórtico de largada, mas ao contrário das outras vezes, a maioria das pessoas a minha frente eram mais rápidas do que eu. Assim, não tive dificuldades para estabelecer um ritmo. Pelo contrário, o aquecimento me deixou confiante e mesmo correndo a passadas largas, alongando, cravei 4’57” para o Km 1. Muito rápido! Eu sabia que estava além da conta, mas tomei como referência minha FCM. Eu teria que manter-me na casa dos 95% da FCM a corrida toda, sem mais nem menos. Suportei o pace em torno dos 5’ por km seguiu até o Km 4, quando o céu abriu e eu finalmente entendi o que era correr sobre o sol forte. Sentia meu ritmo se deteriorar sensivelmente, mas a FC estava em torno dos 95%. Cheguei a metade da prova com 26’54”, contra 28’08” da última edição. Eu sabia que se mantivesse o ritmo já seria o suficiente para estabelecer meu novo recorde pessoal, mas não foi fácil com o sol fritando meus miolos. Os dois postos de hidratação que restavam se transformaram em verdadeiros oásis. Era um pequeno gole para matar a sede e o resto na cabeça. O copo d’água era como um chuveiro de água gelada mais que providencial, reduzindo a fadiga e a temperatura corporal. Foi um final de prova sem direito a sprint, mas sabendo que o recorde estava garantido. NRP: 56’02”, 1’44” mais rápido que na última edição. Um razoável pedaço de chão que deixei para trás em relação a julho passado.
O evento. Depois do alongamento, foi a hora de matar a sede e fome. Tinha o que comer e beber tanto na chegada, assim como no estande para os integrantes do Clube O2. De medalha no peito e satisfeito com o resultado, voltei para casa.
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