Quem não gosta de uma boa noitada? Eu,
como qualquer morta me amarro, mas fazia tempo que eu não participava de uma
BOA DAQUELAS.
Tudo começou há semanas quando meu amigo Eric estava pilhado para correr a noite. Kit bom. Prova da O2 (o que faz todo mundo lembrar do Circuito das Estações Adidas). Não iria ser preciso acordar cedo. Então, tudo de bom. Eu meio indeciso, por conta da logística com a família, adiei a decisão até onde pude, mas eu precisava realizar um tempo run para medir meu desenvolvimento pós-maratona.
Tudo começou há semanas quando meu amigo Eric estava pilhado para correr a noite. Kit bom. Prova da O2 (o que faz todo mundo lembrar do Circuito das Estações Adidas). Não iria ser preciso acordar cedo. Então, tudo de bom. Eu meio indeciso, por conta da logística com a família, adiei a decisão até onde pude, mas eu precisava realizar um tempo run para medir meu desenvolvimento pós-maratona.
Tempo Run é um ensaio para a prova alvo. Como fazia tempo que eu não sentava o pé na jaca e esta seria uma boa oportunidade para aferir meu ritmo. Ter uma competição com distância menor para a simulação é o ideal, pois não geraria tanta fadiga e dará uma noção de como as coisas estão. Como falei anteriormente, minha meta é bater meus 50'18" nos 10 km e a Night Run será um bom termômetro para meu desafio em uma das muitas provas que começarão a partir da segunda quinzena de setembro. A Marta sabendo da festa, se empolgou com a idéia e resolver se unir ao grupo. Assim fomos nós três para a noitada.
Como já era esperado, mais de dez mil pessoas se reuniram para a Night Run. Havia gente de todos os tipos (iniciantes, intermediários e avançados), animada pela música e aguardando pela largada, que demorou quase meia hora e fez aquela multidão ficar amontoada junto ao pórtico de largada. A coisa estava pior do que eu pensava, pois não foi colocado o gradil para organizar a largada por pelotões. Em nada adiantou colocar na sacola do kit instruções sobre o Projeto Quênia. A própria organização não se preparou para separação das pessoas.
O pórtico se tornara a boca de um imenso funil. Relaxei e aguardei pela minha vez. Tentei apenas chegar para o lado direito da pista, pois pelo canto havia esperança de ultrapassar a multidão. Desejei sorte ao Eric e a Marta e fui perseguir meu destino.
A LARGADA
Apesar de não estarmos longe do pórtico, haviam muitos caminhantes a frente. Não teve jeito, pulei para grama para cortar a multidão. Teoricamente eu perderia tempo por conta do terreno acidentado, mas neste primeiro quilômetro de prova, o Garmin reclamou para que eu diminuísse o insustentável ritmo 4'05"/km. Era o efeito manada. Eu estava desgarrado do "meu grupo" e corri para alcançá-lo. A coisa melhorou um pouco e desci para o asfalto, mas mesmo assim esbarrei em algumas pessoas para conseguir passagem. Barricadas humanas com três ou quatro pessoas fechavam o caminho em alguns momentos. Não tem remédio para isso, era uma prova com muitos iniciantes. A coisa veio mesmo a melhorar, quando alcancei o primeiro posto de hidratação. Como o pessoal literalmente parou para beber água nas primeiras mesas, segui para a última do lado esquerdo (obrigado a Revista Runners pela dica) para pegar um copo, beber um bocado e me molhar com o resto. Apesar dos 20 graus, eu estava com calor. Meu radiador é muito pequeno para estas provas curtas e de grande intensidade.
Eu consultava eventualmente o Garmin para medir meu esforço em relação ao ritmo. Vi que neste momento que estava dentro do esperado e voltei minha atenção para respiração. Se eu pretendesse fazer uma boa corrida, teria que cuidar do 3 por 2, da postura e contar com os braços para impulsionar minha corrida. Fiquei feliz e tranquilo, pois rapidamente ajustei a cadência, que veio naturalmente com o controle da respiração. Eu chegava ao segundo quilômetro na boa e dentro do ritmo planejado. Pensei em acelerar, mas o receio de quebrar segurou meu ímpeto.
Quando chegamos ao retorno, o Garmin marcava 2.4 km. A multidão já havia ficado
para trás e eu me perguntando sobre o melhor momento para forçar o ritmo. Mas
eu percebi uma coisa. Eu não sabia mais correr provas curtas. A Night Run
realmente estava sendo um laboratório e com este pensamento segui. Fiquei
tentado a conferir minha frequência cardíaca, mas lutei para manter o foco e a
dedicação a parte técnica. Quando cheguei ao último ponto de hidratação senti
um pouco o ritmo de 5 min/km. Então resolvi não inventar mo??da e manter o
ritmo até o final. Aproveitei a carona de um ou outro para manter a pegada.
Tentava vencer o mais próximo, já que faltavam pouco menos de dez minutos de
prova.Apesar de não estarmos longe do pórtico, haviam muitos caminhantes a frente. Não teve jeito, pulei para grama para cortar a multidão. Teoricamente eu perderia tempo por conta do terreno acidentado, mas neste primeiro quilômetro de prova, o Garmin reclamou para que eu diminuísse o insustentável ritmo 4'05"/km. Era o efeito manada. Eu estava desgarrado do "meu grupo" e corri para alcançá-lo. A coisa melhorou um pouco e desci para o asfalto, mas mesmo assim esbarrei em algumas pessoas para conseguir passagem. Barricadas humanas com três ou quatro pessoas fechavam o caminho em alguns momentos. Não tem remédio para isso, era uma prova com muitos iniciantes. A coisa veio mesmo a melhorar, quando alcancei o primeiro posto de hidratação. Como o pessoal literalmente parou para beber água nas primeiras mesas, segui para a última do lado esquerdo (obrigado a Revista Runners pela dica) para pegar um copo, beber um bocado e me molhar com o resto. Apesar dos 20 graus, eu estava com calor. Meu radiador é muito pequeno para estas provas curtas e de grande intensidade.
Eu consultava eventualmente o Garmin para medir meu esforço em relação ao ritmo. Vi que neste momento que estava dentro do esperado e voltei minha atenção para respiração. Se eu pretendesse fazer uma boa corrida, teria que cuidar do 3 por 2, da postura e contar com os braços para impulsionar minha corrida. Fiquei feliz e tranquilo, pois rapidamente ajustei a cadência, que veio naturalmente com o controle da respiração. Eu chegava ao segundo quilômetro na boa e dentro do ritmo planejado. Pensei em acelerar, mas o receio de quebrar segurou meu ímpeto.
A chegada foi inusitada, pois existiam DOIS pórticos. Não fazia sentido a "primeira chegada", visto que eu havia acabado de passar pela placa dos 300 metros. A breve descontração garantiu o sprint nos metros finais para terminar os cinco quilômetros em 24'43". A título de curiosidade a velocidade média foi de 12 km/h.
A experiência foi válida, pois cumpri com meu objetivo de concluir abaixo de 25 minutos. Foi recuperar e fôlego ir ao encontro do amigos para festejar o resultado ao som do DJ. Finalmente encontrei o Victor e esposa. Ou melhor, ele me encontrou. Nos parabenizamos, conversamos e... esquecemos de tirar nossa foto. Fica para próxima, meu amigo.
AVALIAÇÃO DO EVENTO
- Houveram reclamações quanto a falta de camisas
no tamanho solicitado durante a retirada do kit (que parece ter se tornado
um problema crônico nas provas desta organizadora) e várias, mas várias
pessoas (inclusive eu) receberam a braçadeira luminosa com defeito
(lixeira foi o destino).Pagar e não levar é complicadíssimo. Afinal, a
corrida é uma momento de celebração. Representa o final de um ciclo de
treinos e justamente quando você está com a motivação na tampa.. lá no
alto, vem uma ducha gelada de problemas para comprometer sua concentração
para prova. Tá, não somos PROFISSAS, mas ralamos um bocado para fazer o
NOSSO MELHOR. Sem mencionar a simples relação cliente-fornecedor.
- Eu espero SEMPRE o melhor serviço da O2, pois
já fui a Eco Run, Circuito das Estações Adidas, Circuito Sol e não vi
metade do que vi na noite de sábado. Será que o motivo foi justamente a
escuridão?
- O órgão público responsável pela interrupção
do trânsito quase complicou a vida de todo mundo. Susto a parte, a corrida
começou, mas com 20 minutos de atraso.
- Correr a noite foi muito bom! Sem sol, logo
sem calor. Vi muita gente feliz com o resultado.
- A entrega do chip foi lenta e problemática,
pela ausência de luz nas barracas e arredores. Auxiliei a atendente com a
lanterna do meu smartphone para que ela localizasse meu envelope. Quase
torci o pé no sobressalto de concreto, que divide o gramado naquele local.
- A música contagiou, tanto antes, como depois
da corrida. Foi legal o climão de boate. O maluco iluminado dançando foi
um show a parte. O anonimato não foi justo a sua performance - risos.
- A hidratação esteve no mesmo nível de outras
provas da O2.
- As frutas não estavam em bom estado,
principalmente as bananas visivelmente verdes.
- O suco e o isotônico estavam gelados.
- A medalha é muito bonita. Parabéns pelo bom
gosto.
PITACOS
- Para uma organizadora de eventos que tem uma
das taxas de inscrição mais altas no Rio de Janeiro, poderia oferecer
serviços de massagem, ou qualquer outra coisa aos participantes. Concordo
que o assinantes da revista devam ter atendimento diferenciado, mas a
massa ficaria mais feliz do que com a possibilidade de tirar uma foto no
pódio, depois de enfrentar uma fila sem tamanho.
- As fotos do evento foram disponibilizadas
através do site myrun.com.br, mais um produto da O2. Achei interessante o
portal, pois pude rever fotos e tempos de todas as provas que participei
desde 2010. Iniciativa interessante e positiva, principalmente por existir
interatividade com nossos amigos.
Para quem acredita em segunda chance, 09 de novembro tem mais... quem viver,
verá!
Boas passadas.
Boas passadas.
bacana, André, muito legal!
ResponderExcluirabraço,
Sergio
Obrigado, Sérgio.
ExcluirEste fui da experiência ao jornalismo. Realmente me surpreendeu... e nem tudo foi positivamente.
Boas passadas!
Espero que a próxima prova esteja com esses pequenos grandes problemas solucionados, o que mais me incomodou no relato foi a desorganização na largada. Parabéns pelo tempo.
ResponderExcluirBons Km´s
Ju
Oi, Ju.
ExcluirDesorganização na largada é praticamente uma marca das provas em que o número de iniciantes é muito grande. A O2 tem grande apelo e suas provas tem números impressionantes.
O Circuito das Estações Adidas é menos pior com o gradil. Ao menos aquelas bandeiras gigantes remetem ao bom senso das pessoas. É óbivio que o iniciante, além de não ser corredor, não tem a consciência coletiva que a experiência com o tênis nos trás. Se tornar uma cidadão do asfalto é um processo de transformação, que apenas os que se permitem viver descobrem.
Reparou como ficamos mais educados e sociáveis? Não é apenas endorfina. É o senso coletivo que estes eventos nos trazem, pois passamos muito tempo pensando em bem estar... até dos outros!
A O2 sabotou o próprio plano de divulgação do Projeto Quênia. Colocou os folders no kit, mas não colocou o gradil na pista... o resultado foi este que você viu no relato. Paciência.
Como eu disse, para quem gostou de correr de noite no Rio, em novembro tem mais.
Beijos
Ei, muitos parabéns pelo seu tempo! Você está voando, André!
ResponderExcluirÉ uma barato esta vida de correr. Uma hora priorizando a resistência e as longas distâncias. Outra hora, sentando o pé e sonhando com a velocidade. Não dá para enjoar.
ExcluirViva a corrida!
Obrigado pela visita.
Boas passadas!